Quem nos ouve e vê, pensa que estamos a fazer uma birra como se fossemos crianças. Perguntarão, que lhes custa aderir ao tal simplex do simplex e acabar com esta cacofonia, este ruído ensurdecedor que agasta o mais pachorrento.
Afinal o Sr. Secretário de Estado Pedreira até já veio dizer à Televisão que isto agora não custa nada. Podemos escolher, podemos fazer, etc., uma série de banalidade que o deixam muito bem na fotografia ou melhor no ecrã.
O assunto é tão específico que até muitos dos envolvidos não o dominam bem. Articulam-se muitos regimentos que só especialistas treinados na matéria rapidamente deduzem e concluem com alguma coerência e precisão.
Não se pode pedir à opinião pública que entenda e tenha opinião formada e não caia na tentação de julgar de ânimo leve, tão típico do povo português entregue ao senso comum.
Vemos jornalistas, políticos de maior gabarito a debater a matéria sem estarem devidamente preparados, quando parece que a dominam lá "escorregam" e passam ao lado, desvirtuando o essencial.
Os menos preparados, que opinam como a leveza de quem bebe um copo de água mesmo sem sede, circunscrevem maleficamente o tema às banalidades que todos conhecemos: os professores não querem ser avaliados, não querem fazer nada, ganham muito, são os responsáveis pelo estado da Escola e da Nação, etc.
Mas é mesmo verdade, NÃO QUEREMOS SER AVALIADOS, com este modelo de avaliação. Este ano lectivo fazemos BIRRA e não vamos fazer NADA!
Parecemos Caprichosos e Obstinados!
É uma estratégia Resistência.
Desde que esta equipa Ministerial tomou posse, criou tanto frenesim com a Avaliação, para mostrar serviço e mais nada, gastou papel e papel no D.R. e salvo poucas excepções ainda ninguém foi avaliado.
Congelaram-nos a carreira durante 28 meses e passaram o resto do tempo a fazer simplexes.
Legislam em directo na TV e é por lá que presenteiam as recompensas virtuais e arremessam com intimidações irreais, tudo para dividir os incautos e dizer ao povo tanto que são ora bonzinhos ora que têm as rédeas e o chicote na mão.
Até podíamos entregar objectivos e portefólios e já se vendem por aí, ah pois já. Também os podíamos fazer nós próprios, seriamente um a um. Pois, mas não fazemos.
É IMPENSÁVEL COLABORAR.
Porque se nos deixamos Avaliar estamos a perder uma pequena e 1ª Batalha de uma Guerra que queremos Vitoriosa.
Porque se o fizermos vamos dar à Ministra tempo de Antena, para com aquele sorriso cínico vir dizer que afinal tinha razão. Os professores têm bom senso, este modelo é bom, a manifestação e a greve foram devaneios de dias quentes manipulados pelos malfeitores dos dirigentes sindicais. Porque o modelo é para manter e os professores titulares são indispensáveis para o manter vivo e com saúde.
Se lhe entregarmos em mão a 1ª de todas as Batalhas, vamos destruir a estratégia de atingir os mais profundos dos nossos objectivos: Rever o ECD, a estrutura da carreira, categorias e remunerações, avaliação de desempenho, condições de progressão na carreira, gestão democrática, concursos, prova de ingresso, horários de trabalho, condições de aposentação.
A Greve de 3 de Dezembro permitiu a abertura processo negocial de revisão do Estatuto da Carreira Docente.
A adesão à Greve de 19 de Janeiro, dia em que faz 2 anos sobre a publicação do actual Estatuto da Carreira Docente, é OBRIGATÓRIA. A força dos números dará a capacidade negocial aos Sindicatos.
O NOSSO FUTURO ESTÁ NA NOSSAS MÃOS
Dia 19 enche-te de orgulho, defende a tua dignidade e fecha a tua Escola!!!
received by e-mail
Sem comentários:
Enviar um comentário