segunda-feira, 31 de março de 2008

Chile: uma fonte para a avaliação!


"Há várias semelhanças entre o sistema de avaliação de professores chileno e o português. Nas últimas semanas os e-mails e blogues relacionados com a Educação têm sido inundados de mensagens que apontam para semelhança entre os dois modelos.
Os objectivos e os instrumentos da avaliação ou algumas das suas consequências são iguais nos dois países. Há algumas semanas, a ministra da Educação admitiu que o Governo se foi inspirar em modelos estrangeiros para ‘desenhar’ o tão polémico sistema de avaliação de professores.
Da leitura comparativa dos dois sistemas, há uma diferença que salta à vista: a periodicidade da avaliação. Enquanto em Portugal os professores serão avaliados em cada período de dois anos, no Chile a avaliação é de quatro em quatro anos. No entanto, no que respeita aos instrumentos de avaliação, por exemplo, as semelhanças são claras: existe auto-avaliação, uma entrevista pelo professor avaliador, a avaliação da direcção da escola. Em vez das aulas assistidas que o modelo português preconiza, no Chile uma aula é gravada por profissionais credenciados.
Se em Portugal a principal consequência da avaliação é a contagem ou não do tempo de serviço para a progressão na carreira, do outro lado do Atlântico os melhores professores recebem um abono, que pode ir até 25% do salário mínimo nacional. Para os professores com piores resultados, os dois sistemas sugerem a criação de acções de formação contínua. Com várias notas negativas, os professores saem da carreira, tanto no Chile como em Portugal.



INSPIRAÇÃO EM VÁRIOS PAÍSES


A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou, em entrevista recente ao ‘Acção Socialista’, que o Governo procurou "compatibilizar uma avaliação por objectivos com uma avaliação de competências", tendo para isso buscado inspiração a países como "Inglaterra, Espanha, Holanda e Suécia". A governante explicou que os sistemas de avaliação de desempenho dos professores no Continente europeu "são todos diferentes", mas que os objectivos dos vários sistemas acabam por ser similares.
No Chile, os professores com bom desempenho recebem uma ‘bolsa’ mensal, indexada ao salário mínimo. No último ano lectivo foram aprovadas bolsas para mais de 350 professores.


DESCUBRA AS DIFERENÇAS
LINHAS GERAIS


PORTUGAL


Melhoria dos resultados escolares e da qualidade das aprendizagens; proporcionar desenvolvimento pessoal e profissional; avaliação do docente de dois em dois anos


CHILE


Avaliação orientada para melhorar o trabalho pedagógico e promover o desenvolvimento profissional contínuo; avaliação de cada docente de 4 em 4 anos



INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO


PORTUGAL


Fichas de auto-avaliação; entrevista pelo professor avaliador; avaliação do coordenador de departamento curricular e da direcção executiva; assistência do avaliador a pelo menos três aulas


CHILE


Fichas de auto-avaliação; entrevista pelo professor avaliador; avaliação do director e do chefe técnico da escola; portfólio, que inclui a gravação em vídeo de uma aula



NÍVEIS DE DESEMPENHO


PORTUGAL


Excelente; Muito Bom; Bom; Regular; Insuficiente


CHILE


Destacado; Competente; Básico; Insatisfatório



CONSEQUÊNCIAS DA AVALIAÇÃO


PORTUGAL


Excelente: duas vezes seguidas reduz em quatro anos o tempo de serviço para acesso a Titular; quatro vezes seguidas dá direito a prémio de desempenho


Excelente e Muito Bom: duas vezes seguidas reduz três anos;


Muito Bom: duas avaliações seguidas reduz dois anos;


Bom Tempo vale para progredir


Regular/ Insuficiente: Não progride; proposta Acção de Formação Contínua


Insuficiente: Não renova contrato; duas classificações seguidas ou três interpoladas (quadro) determinam a não atribuição de tempo lectivo e a reconversão profissional


CHILE


Destacado ou Competente: recebe um abono mensal; tem de realizar prova de conhecimentos disciplinares e pedagógicos. O abono dura entre dois e quatro anos, entregue no ano seguinte à prova, e varia de acordo com o desempenho na avaliação e na prova, entre cinco e 25 por cento do Salário Mínimo Nacional;


Insatisfatório: repete a avaliação no ano seguinte e submete-se a Planos de Superação Profissional (Formação Contínua); se na 2ª avaliação obtiver Insatisfatório, deixa de dar aulas durante um ano; à 3.ª avaliação Insatisfatória sai da carreira, mas recebe um abono".


Edgar Nascimento in CM de 31/03/2008



Veja-a numa Democracia Musculada próxima de si!!!

Avaliação de Desempenho


domingo, 30 de março de 2008

Rigor??? A treta educativa de que somos todos iguais e temos todos os mesmos direitos


Texto de Francisco José Viegas sobre os professores, as escolas e o sistema

"Ontem visitei uma escola no concelho de Sintra. Era a 'semana da leitura' numa escola cuja biblioteca está permanentemente aberta das 08h00 às 22h00 por devoção dos seus professores. Os de várias disciplinas, de Português a Educação Física e Geometria - cada um faz uma escala para garantir um dos objectivos internos da própria escola: mantê-la aberta nesse período. Havia alunos a ajudar no bar e no refeitório, porque não há pessoal suficiente. Alunos, funcionários administrativos e professores promoveram uma maratona de leitura. A ministra da educação pede a estes professores para 'trabalharem mais um pouco', coisa que eles já fazem há bastante tempo; ouvi alunos portugueses, africanos, indianos, do Leste europeu, a falar com orgulho da sua escola. Falando com eles, um a um, percebe-se entusiasmo em várias coisas. Acho natural, são professores. Percebo pela blogosfera uma grande vontade de fazer 'justiça pelas próprias mãos' aos professores, mas vejo poucas pessoas com disponibilidade para ouvi-los nas escolas - não nas ruas, onde as parvoíces são sempre amplificadas, mas nas escolas, nos corredores da escolas, quando fazem turnos de limpeza, quando atendem alunos em dificuldade ou fazem escalas para Português como língua estrangeira para rapazes ucranianos ou indianos que não entendem sequer o alfabeto ocidental, ou quando tratam dos problemas pessoais de alguns deles (ou porque não tomam o pequeno-almoço em casa, ou têm dificuldade em aceitar um namoro desfeito, ou andam na droga). Os professores, estes professores, são um dos últimos elos (percebe-se isso tão bem) entre os miúdos e miúdas desorientados e um mundo que é geralmente ingrato. São avaliados todos os dias pelo ambiente escolar, pelo ruído da rua, pelas horas de atendimento, pelas reuniões que o ME não suspeita.
Muitas vezes, as famílias não sabem o ano que os miúdos frequentam; não sabem quantas faltas eles deram; não sabem se os filhos estão de ressaca. Os professores sabem.
Essa vontade de disciplinar os professores, eu percebo-a. Durante trinta anos, uma série de funcionários que abundou 'pelos corredores do ME' (gosto da expressão, eu sei), decretou e planeou coisas inenarráveis para as escolas - sem as visitar, sem as conhecer, ignorando que essa geringonça de 'planeamento', 'objectivos', princípios pedagógicos modernos, funcionava muito bem nas suas cabecinhas mas que era necessário testar tudo nas escolas, que não podem ser laboratórios para experiências engenhosas. Muitos professores foram desmotivados ao longo destes anos. Ou porque os processos disciplinares eram longos depois de uma agressão (o ME ignora que esses processos devem ser rápidos e decisivos), ou porque ninguém sabe como a TLEBS é aplicada.
Ninguém, que eu tivesse ouvido nas escolas onde vou, discordou da necessidade avaliação. Mas eu agradecia que se avaliasse também o trabalho do ME durante estes últimos anos; que se avaliasse o quanto o ME trabalhou para dificultar a vida nas escolas, com medidas insensatas, inadequadas e incompreensíveis; que se avalie a qualidade dos programas de ensino e a sua linguagem imprópria e incompreensível. Sou e sempre fui dos primeiros a pedir avaliação aos professores, porque é uma exigência democrática e que pode ajudar a melhorar a qualidade do ensino. Mas é fácil escolher os professores como bodes expiatórios de toda a desgraça 'do sistema', como se tivessem sido eles a deixar apodrecer as escolas ou a introduzir reformas sobre reformas, a maior parte delas abandonadas uns anos depois. Por isso, quando pedirem 'justiça', e 'disciplina' e 'rigor' (coisas elementares), não se esqueçam de visitar as escolas, de ver como é a vida dos professores, porque creio que se confunde em demasia aquilo que é 'o mundo dos professores' com a imagem pública de um sistema desorganizado, oportunista e feito para produzir estatísticas boas para a propaganda".
Francisco José Viegas

quinta-feira, 27 de março de 2008

CARTA DE AGRADECIMENTO

"Logo depois de ter lido aqueles documentos sobre a avaliação dos professores, pensei como lhe deveria agradecer, Srª Ministra. Afinal, aquelas horas passadas diariamente junto do meu filho a verificar se os cadernos e as fichas estavam bem organizados, a preparar a mochila e as matérias a estudar para o dia seguinte, a folhear a caderneta escolar, a analisar e a assinar os trabalhos e os testes realizados nas muitas disciplinas, a curar a inflamação de uma garganta dorida pela voz de comando "Vai estudar!" ou pela frase insistentemente repetida, de 2ª a 6ª feira: "DESPACHA-TE! AINDA CHEGAS ATRASADO!" ou o incómodo e o tempo perdido para o levar diariamente à Escola, percorrendo, mais cedo do que seria necessário, um caminho contrário àquele que me conduziria ao meu emprego, tinham finalmente, os seus dias contados. Doravante, essa responsabilidade passaria para a Escola e, individualmente, para cada um dos seus professores. Finalmente, poderei ir ao cinema, dar dois dedos de conversa no Café do Sr. Artur, trocar umas receitinhas com a minha vizinha (está entrevadinha, coitadinha!) ou acomodar-me deliciosamente no sofá da sala a ver a minha telenovela brasileira preferida.
O rapaz ainda me alertou para os efeitos das faltas o conduzirem à realização de uma prova de recuperação. Fiz contas e encolhi os ombros - poupo gasóleo e muitos minutos de caminho, de tráfego e de ajuntamentos. Afinal, ele até é esperto e, se calhar, na internet, encontra alguns trabalhos ou testes já feitos… Sempre pode fazer "copy – paste"… Efectivamente, as provas de recuperação parecem-me a melhor solução para acabar com a minha asfixia matinal e vespertina. Ontem, a minha vizinha da frente, que tem dois ganapos na escola do meu, disse-me que, se ele continuar a faltar, o vêm buscar a casa, e que, no próximo ano lectivo, os professores vão tomar conta deles depois das aulas.
Oiro sobre azul. Obrigada, Srª Ministra. A Senhora é que percebe desta coisa de ser mãe! A Senhora desculpe a minha ousadia, mas será que também não seria possível fazer uma lei para os miúdos poderem ficar a dormir na escola? Bastava mandar retirar as mesas e cadeiras das salas de aula e substituí-las por beliches, à noite. De manhã, era só desmontar e voltar a arrumar. Têm bar, cantina e até duche. Com jeito, eles ainda aprendiam alguma coisinha sobre tarefas domésticas, porque, em casa, não os podemos obrigar a fazer nada ou somos acusados de exploradores do trabalho infantil com a ameaça dos putos ainda poderem apresentar queixa junto das autoridades policiais.
Ao Sábado, Srª Ministra, podiam ocupá-los com actividades desportivas ou de grupo, teatro, catequese, escuteiros, defesa pessoal…

O ideal mesmo era que os pudéssemos ir buscar ao Domingo, só para não se esquecerem dos rostos familiares.

O meu medo, Srª Ministra é aquela ideia que a minha vizinha Sandrinha, aquela dos três ganapos, comentava hoje comigo. Dizia-me que a Senhora Ministra quer criar o ensino doméstico. Eu acho que ela deve ter ouvido mal ou então confundiu o jornal da SIC com aquele programa da troca de casais do canal 24. Eu acho que isso não vinga em Portugal, porque não temos a extensão de uma América do Norte ou de uma Austrália e, por outro lado, tinha que comprar e equipar os VEI (veículos de educação itinerante), o que iria agravar mais o deficit das contas públicas e o insucesso dos nossos miúdos. Foi isso eu disse à Sandrinha. Acho que ela deve estar enganada. Logo agora, que podemos respirar de alívio porque não temos que nos preocupar com a escola dos garotos, essa ideia vinha destruir tudo, porque os obrigava a ficar em casa para receberem os VEI e aos pais ainda iria ser exigido algum acompanhamento.

A Senhora faça é aquilo que decidiu e não oiça o que os inimigos dos pais e das mães lhe tentam dizer (já agora, lembre-se da minha sugestãozita!). Assim, os professores, com medo da sua própria avaliação, passam a dar boas notas e a passar todos os miúdos e, desta forma, o nosso país varre o lixo para debaixo do tapete, porque é muito feio e incomodativo mostrarmos, lá fora, que somos menos capacitados que os nossos "hermanos" europeus.

Uma mãe e encarregada de educação agradecida

quarta-feira, 26 de março de 2008

Vamos exigir as 35 horas na Escola!!!

Recebi esta mensagem e quero partilhar convosco...

Aos meus colegas professores espalhem-na para ver se algumas coisas são esclarecidas...
Alguns comentários de colegas sobre a perseguição aos prof's (afinal, os GRANDES culpados do estado do ENSINO em Portugal)
Porque não mudamos de agulha?! Vamos passar a exigir as 35 horas semanais... Assim a nossa sociedade não pode acusar os professores de trabalharem pouco...
"Pois eles até se queixam! Querem trabalhar 35 horas... só pode ser porque REALMENTE trabalham mais". Os pais deverão passar a perceber melhor o que se passa...
Há muitos que realmente não se preocupam com o trabalho que fazem e quanto menos melhor. Mas desses há em todas as profissões!
O que quero é trabalhar 35 horas e não me preocupar mais com a escola. Porque, se a ideia for as 35 horas MAIS não sei quantas fora de horas então que nos paguem para isso, pois não há dúvida que os "gordos" vencimentos que nos pagam são para 35 horas.
Então vai ser o bom e o bonito: "Tenham paciência, mas não trago os testes! É que os computadores estiveram toda a semana ocupados por outros colegas.
Fiquei até à hora de sair a olhar para as moscas porque não tinha onde trabalhar (o portátil é MEU, é para actividades de lazer, a escola não mo ofereceu!). Depois fui passear com a família. Estava fora das 35 horas. Vamos ver se para a semana temos mais sorte!"
Ou então: -"O Stora!!! Outra vez o mesmo CD???"
- "Tenham lá paciência. Mas já requisitei outros no ano passado (iguaizinhos a uns que comprei para me entreter enquanto brinco com os meus filhos depois das 35 horas). Ainda estou à espera. Mas esta música é muito interessante, ora vamos lá abordá-la de uma outra forma, de certeza vocês vão gostar muito."
(É que os professores que não tiverem imaginação e uma atitude muito positiva, não são bons profissionais).
Ou ainda: "Desculpem lá, mas vou ao cinema com a minha mulher! São 17h e não posso continuar nesta reunião!" (Claro que posso ser obrigado a isso, se pagarem as horas extraordinárias ou um suplemento de isenção de horário!")
Já agora... e a propagada necessidade de formação contínua, de actualização??? No meu tempo familiar??? NEM PENSAR!!! Só nas desejadas 35 horas!!!!
EU QUERO UM HORÁRIO DE 35 HORAS E ORGANIZAR A MINHA VIDA PROFISSIONAL À VOLTA DESSAS 35 HORAS!!!!
Exijo que me obriguem a estar na escola 35 horas, e mais nada! Ou então calem-se e não me falem mais nisso pois, com jeitinho, pego num cronómetro e passo a impor-me 35 horas, mesmo que não mo obriguem!!!
Não gozem comigo! A sério, vamos pedir as 35 horas! Já agora, gostava de ver um estudo comparativo, sério, entre diferentes carreiras de licenciados. Horários, remunerações, sistemas de saúde, etc. Também gostava REALMENTE de saber que raio de privilégios é que tenho! É que se me parece que a nossa carreira é uma aberração, com um topo decente, mas uma metade inicial uma anedota, seria interessante saber e não só parecer.
E para acabar, porque será que de uma profissão que dizem tão privilegiada, também dizem que só a têm aqueles que não encontram mais nada???
Gostava de perceber, mas sou professor, não chego lá!
Eu também quero trabalhar as 35 horas na escola!
Mas quero mais... Quero tirar as férias em diferentes alturas do ano e não ter de gramar sempre o Agosto!!! Tudo tão caro nesse mês. Vou já escolher: quero uma semana em Março, outra em Novembro e duas semanas na 1ª quinzena de Julho! E vou vender o meu PC de casa porque vou conseguir fazer tudo na minha escola! Vai ser fantástico!
Vamos todos lutar pelas 35 horas!
Eu também quero trabalhar as 35 horas na Escola. E, já que ficamos cada vez mais iguais aos outros funcionários públicos, também quero marcar férias fora do período que medeia entre 15/7 e 31/8 (ou uma semana além, por causa do Serviço de Exames). É que fora desse período gozo melhor as férias: - há menos gente e tudo sai mais económico.
Quero também deixar de ter o porta-bagagens do meu carro transformado num escritório ambulante, carregando testes, apontamentos e livros de casa para a Escola e vice-versa.
Também quero poupar nos tinteiros para a impressora, nas resmas de papel e na energia eléctrica que gasto em casa, à conta da necessidade de preparar aulas, instrumentosde avaliação, reuniões, etc.
E mais, quero almoçar a horas e com sossego. As sandes do bar da Sala dos Professores, ingeridas num curto espaço de tempo, já me estavam a fazer mal ao estômago.
Também quero que as reuniões acabem a horas e não se prolonguem para além das 20 horas, já para não falar de alguns Pedagógicos em que a Ordem de Trabalhos traz assuntos mais complicados que vão para além dessa hora. Quero sair à noite descansadamente, para tomar um café, sem pensar que ainda tenho alguns testes para corrigir, algumas notas a rever por causa das avaliações intercalares, etc...
Vamos exigir as 35 horas na Escola!!!
Eu também quero as 35 horas na escola, e não ter que me preocupar com o trabalho quando estou em casa.
TAMBEM NÃO ME QUERO PREOCUPAR COM AS 3 HORAS DE VIAGENS QUE FAÇO TODOS OS DIAS DE ESCOLA PRA CASA E DE CASA PARA A ESCOLA, E TER A REGALIA DE GASTAR UMA PIPA DE MASSA PARA ME DESLOCAR DE QUE ME POSSO QUEIXAR EU...
ATÉ TENHO QUE TRABALHAR AOS SABADOS DURANTE TODO O DIA COM O DESPORTO ESCOLAR E ME DOU AO LUXO DE NADA RECEBER PARA ISSO...

terça-feira, 25 de março de 2008

Sócrates garante que crise orçamental «está ultrapassada»




O primeiro-ministro reafirmou hoje que a crise orçamental portuguesa «está ultrapassada» e os factores que a motivaram «estão resolvidos», garantindo que pela primeira vez tal foi possível sem comprometer o crescimento económico


«Os últimos três anos foram de uma governação muito difícil e exigente, com um grande esforço de contenção da despesa pública, mas a crise orçamental de 2002, que voltou em 2005, está ultrapassada e os factores que a motivaram estão também resolvidos com as mudanças estruturais feitas no país», afirmou José Sócrates.


Falando em Famalicão durante a sessão de apresentação do Plano Estratégico para a Indústria Têxtil e Vestuário 2007-2013, o primeiro-ministro garantiu ter sido «a primeira vez em que houve um esforço sério e forte da consolidação orçamental e a economia continuou a crescer».


«Não me recordo de um período em que o país tivesse que fazer um ajustamento orçamental com os resultados que temos e, ao mesmo tempo, tivéssemos uma subida no crescimento económico e não uma recessão», acrescentou.


Embora admitindo que o crescimento de 1,9 por cento registado em 2007 é «pouco», Sócrates recordou que é o melhor resultado «dos últimos seis anos».


«O crescimento de 1,9 por cento em 2007 marca um processo de afirmação da economia portuguesa», sustentou, salientando que o sector privado cresceu, isoladamente, 2,5 por cento, mas foi depois «puxado um pouco para trás» pelo sector público, «dado o esforço de contenção».

Lusa / SOL (25/03/2008)




Hum... por este andar em 2009 estaremos no Eldorado!!!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Dá-me o telemóvel JÁ!

Tira os adjectivos e ficas com os factos. Atticus Finch advogado no Alabama, in Não matem a cotovia - Harper Lee.

Vi há semanas uma excelente encenação do Cândido de Voltaire, no Maria Matos, em Lisboa. Uma das personagens, o filósofo germânico dr. Pangloss, que encontrava sempre um aspecto redentor em praticamente tudo (já que este era o melhor dos mundos possível), ao desembarcar na frente ribeirinha de Lisboa no dia do terramoto de 1755, vê tudo destruído e no meio das ruínas a gentalha a pilhar num saque sanguinário. Questionado por Cândido sobre o que era aquilo, responde "... Isto é o fim do Mundo".
Pivot
Boa noite, uma professora foi agredida na escola Carolina Michaëlis, no Porto. A cena foi registada em vídeo por um telemóvel e divulgada no YouTube.
(Segue Vídeo 1' 10")
Se o incurável optimista Pangloss tivesse visto o vídeo da aula de Francês no 9.º C, só podia ter comentado que era o fim do Mundo. E foi. O vídeo, a boçalidade dos comentários de quem filmou, os ataques selváticos de quem atacou, a birra criminosa da delinquente a quem tiraram o telemóvel, a indiferença da maioria da turma pelo horror do que se estava a passar mostram o malogro do sistema administrado pelo Ministério da Educação.
"Ha... ha.. ha...ha...ha"
"DÁ-ME O TELEMÓVEL!"
Há um caso exemplar no historial governativo socialista onde Maria de Lurdes Rodrigues podia ir buscar inspiração. Em Março de 2001, depois da queda da ponte de Entre-os-Rios, o ministro da tutela anunciou que se demitiria com efeitos imediatos. Foi a maneira consciente de mostrar responsabilidade.
"Sai da frente... sai da frente!"
Por favor, façam-me a justiça de não considerar sequer que estou a fazer comparações. A enorme crise que atravessa o sistema educativo em Portugal e a queda de uma ponte cheia de pessoas em cima, com as consequentes fatalidades, são situações de gravidade específica que não toleram comparações. O que digo é que a decisão de Jorge Coelho de se retirar de funções porque a ponte de Entre-os-Rios era responsabilidade de vários departamentos do seu ministério, é o modelo de comportamento governativo.
"Ó Rui, ó Rui, ó Ruizinho!"
Maria de Lurdes Rodrigues tem um tremendo desastre entre mãos e contribuiu directamente para ele com as suas políticas de desrespeito de toda a classe docente e com o incompreensível arrazoado de privilégios estatutários garantísticos aos discentes, que estão a condenar toda uma geração e a comprometer o futuro de todo um país.
"Ó gorda, ó p (...), sai daí!"
Depois de todos termos, finalmente, visto aquilo que realmente se passa nas nossas escolas, nada pode ficar na mesma. A DREN, que já se devia ter ido embora no escândalo do professor Charrua, tem de sair porque aquela gente obviamente não sabe o que está a fazer. O Conselho Directivo da Carolina Michaëlis tem de ser imediatamente substituído por gente capaz de proibir telemóveis e de impor (não tenham medo da palavra), impor, um ambiente de estudo na escola pública. Reparem que durante o desacato e o linchamento da professora nenhum dos alunos abre a porta da sala de aulas e pede ajuda.
"Sai da frente... sai da frente!"
Isso atesta que já não ocorre aos próprios alunos que haja na escola alguém capaz de impor disciplina e restabelecer a ordem.
"Olha a velha vai cair!"
Por isto a Turma do 9.ºC tem de acabar! Por uma questão de exemplo, os alunos têm de ser dispersos por outras turmas e o 9.º C deve ficar com a sala fechada o resto do ano, numa admoestação clara de que este género de comportamento chegou ao fim. Maria de Lurdes Rodrigues não pode ficar à espera de receber outra vez o apoio do primeiro-ministro. Depois disto, é seu dever sair do cargo. E não é, como diz constantemente, a mais fácil das soluções. É a medida necessária para que haja soluções. A saída da ministra é, viu-se agora, uma questão de segurança nacional. É a mensagem necessária para a comunidade escolar, alunos e professores, entenderem que o relaxe, a desordem e o experimentalismo desenfreado chegaram ao fim. Que não há protecção política que os salve já da incompetência do Ministério, da DREN e de tudo o mais que nestes três anos nos trouxe à vergonhosa situação que o vídeo do YouTube mostrou ao país e ao Mundo. Uma questão mais os sindicatos viram as imagens de um crime a ser cometido em público contra uma professora. Façam o que devem. Façam as devidas queixas-crime contra a aluna agressora e contra quem filmou e usou abusiva e ilegalmente da imagem da professora a ser martirizada. O crime foi visto por todos. O Ministério Público tem competência para mover o adequado processo contra esses alunos. Cumpram o vosso dever sem tibiezas palavrosas. Já não se pode perder mais tempo com disparates.

Mário Crespo escreve no JN, semanalmente, às segundas-feiras

A LUTA CONTINUA!

Novas concentrações de professores em locais públicos, todas assegundas-feiras, de acordo com o seguinte calendário:

1.ª Ronda:
07/04 – Protesto nacional.
14/04 – Protesto em todas as capitais de distrito do Norte.
21/04 - Protesto em todas as capitais de distrito do Centro.
28/04 - Protesto na Grande Lisboa.
05/05 - Protesto em todas as capitais de distrito do Sul e Regiões Autónomas.

2.ª Ronda:
12/05 – Protesto nacional.
19/05 – Protesto em todas as capitais de distrito do Norte.
26/05 - Protesto em todas as capitais de distrito do Centro.
02/06 - Protesto na Grande Lisboa.
09/06 - Protesto em todas as capitais de distrito do Sul e Regiões Autónomas.

Para que o Governo e a Ministra não se esqueça de nós.

domingo, 23 de março de 2008

Só mesmo algumas mentes...


Haverá mesmo uma teoria da conspiração? Penso que sim. Todos (os que não são da cor) estão a conspirar! Usam politicamente cenas reais, de salas de aula reais, para fazerem o seu ataque político...

Isto não se faz é "jogo sujo".

Já agora não usem os 100 000 profes, da oposição (porque não podem certamente ser todos comunas), como arma política.

Não usem as "demarches" de alguns agrupamentos de escolas para suspender (por este ano) a avaliação de desempenho como factor de crítica ao governo.

Senão eu faço birra!!!


Domingo de Páscoa: amêndoas seriam a demissão de alguns supranumerários da educação e excedentários da política...


sábado, 22 de março de 2008

Infância roubada - ME anuncia alargamento da escola a tempo inteiro ao 2º CEB

"Os portugueses, ao contrário dos restantes europeus, não querem mais tempo para passar com a família. São mais individualistas e mais autocentrados. Esta é uma tendência que já não é nova, mas que se tem vindo a consolidar. Surpreendentes, contudo, são estas percentagens extraídas do Inquérito ao Emprego de 2005: 83,7 por cento da população empregada, com pelo menos um filho ou dependente a quem prestem cuidados, diz que não deseja alterar a sua vida profissional para poder dedicar mais tempo a cuidar deles. O inquérito às opiniões dos portugueses, publicado pelo Público , não deixa margem para dúvidas: São cada vez mais as mães que optam por terem apenas um filho. Não admira, por isso, que o ME consiga vender à opinião pública a "bondade" do arrepiante conceito de escola a tempo inteiro. Os professores sabem qual é o preço que as crianças estão a pagar por passarem,em alguns casos, mais de 50 horas na escola: é o preço da infância roubada. O ME já anunciou o alargamento destes arrepiante conceito aos 5º e 6º anos de escolaridade".
Pobres dos que não tiveram escola a "tempo inteiro"... alguns conseguiram singrar na vida!!! Principalmente na...

sexta-feira, 21 de março de 2008

E PARA QUANDO A AVALIAÇÃO DOS PAPÁS?


"O Carolina Michaëlis, que já teve o belo nome de liceu, não serve os miúdos do bairro do Aleixo, no Porto. Não, aquele vídeo não mostra gente com desculpas fáceis, vindas do piorio. Pela localização daquela escola, quem para lá vai vive às voltas da Boavista e os pais têm jantes de liga leve sem precisar de as gamar. Os pais da miúda histérica que agride a professora de francês estarão nessa média. Os pais do miúdo besta que filma a cena, também. Tudo isso nos remete para a questão tão badalada das avaliações. Claro que não me permito avaliar a citada professora. A essa senhora só posso agradecer a coragem. E pedir-lhe perdão por a mandar para os cornos desses pequenos cobardolas sem lhe dar as condições de preencher a sua nobre profissão. Já avaliar os referidos pais, posso: pelo visto, e apesar das jantes de liga leve, valem pouco. O vídeo mostrou-o. É que se ele foi filmado numa sala de aula, o que mostrou foi a sala de jantar daqueles miúdos".


Ferreira Fernandes in DN (2008.03.21)


A sala de jantar numa frondosa copa de árvore!

CARTA DE AGRADECIMENTO

"Logo depois de ter lido aqueles documentos sobre a avaliação dos professores, pensei como lhe deveria agradecer, Srª Ministra. Afinal, aquelas horas passadas diariamente junto do meu filho a verificar se os cadernos e as fichas estavam bem organizados, a preparar a mochila e as matérias a estudar para o dia seguinte, a folhear a caderneta escolar, a analisar e a assinar os trabalhos e os testes realizados nas muitas disciplinas, a curar a inflamação de uma garganta dorida pela voz de comando “Vai estudar!” ou pela frase insistentemente repetida, de 2ª a 6ª feira:”DESPACHA-TE! AINDA CHEGAS ATRASADO!” ou o incómodo e o tempo perdido para o levar diariamente à Escola, percorrendo, mais cedo do que seria necessário, um caminho contrário àquele que me conduziria ao meu emprego, tinham finalmente, os seus dias contados. Doravante, essa responsabilidade passaria para a Escola e, individualmente, para cada um dos seus professores. Finalmente, poderei ir ao cinema, dar dois dedos de conversa no Café do Sr. Artur, trocar umas receitinhas com a minha vizinha (está entrevadinha, coitadinha!) ou acomodar-me deliciosamente no sofá da sala a ver a minha telenovela brasileira preferida.
O rapaz ainda me alertou para os efeitos das faltas o conduzirem à realização de uma prova de recuperação. Fiz contas e encolhi os ombros - poupo gasóleo e muitos minutos de caminho, de tráfego e de ajuntamentos. Afinal, ele até é esperto e, se calhar, na internet, encontra alguns trabalhos ou testes já feitos… Sempre pode fazer “copy – paste”… Efectivamente, as provas de recuperação parecem-me a melhor solução para acabar com a minha asfixia matinal e vespertina. Ontem, a minha vizinha da frente, que tem dois ganapos na escola do meu, disse-me que, se ele continuar a faltar, o vêm buscar a casa, e que, no próximo ano lectivo, os professores vão tomar conta deles depois das aulas.
Oiro sobre azul. Obrigada, Srª Ministra. A Senhora é que percebe desta coisa de ser mãe! A Senhora desculpe a minha ousadia, mas será que também não seria possível fazer uma lei para os miúdos poderem ficar a dormir na escola? Bastava mandar retirar as mesas e cadeiras das salas de aula e substituí-las por beliches, à noite. De manhã, era só desmontar e voltar a arrumar. Têm bar, cantina e até duche. Com jeito, eles ainda aprendiam alguma coisinha sobre tarefas domésticas, porque, em casa, não os podemos obrigar a fazer nada ou somos acusados de exploradores do trabalho infantil com a ameaça dos putos ainda poderem apresentar queixa junto das autoridades policiais.
Ao Sábado, Srª Ministra, podiam ocupá-los com actividades desportivas ou de grupo, teatro, catequese, escuteiros, defesa pessoal…
O ideal mesmo era que os pudéssemos ir buscar ao Domingo, só para não se esquecerem dos rostos familiares.
O meu medo, Srª Ministra é aquela ideia que a minha vizinha Sandrinha, aquela dos três ganapos, comentava hoje comigo. Dizia-me que a Senhora Ministra quer criar o ensino doméstico. Eu acho que ela deve ter ouvido mal ou então confundiu o jornal da SIC com aquele programa da troca de casais do canal 24. Eu acho que isso não vinga em Portugal, porque não temos a extensão de uma América do Norte ou de uma Austrália e, por outro lado, tinha que comprar e equipar os VEI (veículos de educação itinerante), o que iria agravar mais o deficit das contas públicas e o insucesso dos nossos miúdos. Foi isso eu disse à Sandrinha. Acho que ela deve estar enganada. Logo agora, que podemos respirar de alívio porque não temos que nos preocupar com a escola dos garotos, essa ideia vinha destruir tudo, porque os obrigava a ficar em casa para receberem os VEI e aos pais ainda iria ser exigido algum acompanhamento.
A Senhora faça é aquilo que decidiu e não oiça o que os inimigos dos pais e das mães lhe tentam dizer (já agora, lembre-se da minha sugestãozita!). Assim, os professores, com medo da sua própria avaliação, passam a dar boas notas e a passar todos os miúdos e, desta forma, o nosso país varre o lixo para debaixo do tapete, porque é muito feio e incomodativo mostrarmos, lá fora, que somos menos capacitados que os nossos “hermanos” europeus".


Uma mãe e encarregada de educação agradecida

Atirou-se à professora por causa do telemóvel

"Durante um minuto e quarenta e oito segundos, um vídeo da internet mostra uma aluna a lutar com uma professora pela posse de um telemóvel numa sala de aula, na escola Carolina Michaelis, no Porto".

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Em que árvore habitam?

1400 compraram Curso de Engenharia




"Cerca de 1400 bacharéis de cursos de Engenharia obtiveram administrativamente o grau de licenciado, no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, uma das seis unidades orgânicas do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC). A situação está a provocar mal-estar no meio académico da cidade, pois “dá uma ideia de facilitismo”, considerou fonte do IPC".


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Recorda-me algo... hum, ná... é só imaginação... nada de real! Só na teoria da conspiração... é que... bem...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Os professores nunca têm razão

"Se é jovem, não tem experiência;
Se é velho, está ultrapassado.
Se não tem carro, é um coitado;
Se tem carro, chora de barriga cheia.
Se fala em voz alta, grita;
Se fala em tom normal, ninguém o ouve.
Se nunca falta às aulas, é parvo;
Se falta, é um 'turista'.
Se conversa com outros professores, está a dizer mal do Sistema;
Se não conversa, é um desligado.
Se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos;
Se não dá, não prepara os alunos.
Se brinca com a turma, é palhaço;
Se não brinca, é um chato.
Se chama a atenção, é um autoritário;
Se não chama, não se sabe impor.
Se o teste é longo, não dá tempo nenhum;
Se o teste é curto, tira a oportunidade aos alunos bons.
Se escreve muito, não explica;
Se explica muito, o caderno não tem nada.
Se fala correctamente, ninguém entende patavina;
Se usa a linguagem do aluno, não tem vocabulário.
Se o aluno reprova, é perseguição;
Se o aluno passa, o professor facilitou.
É verdade, os profs. nunca têm razão.
Mas se você conseguiu ler tudo até aqui, agradeça-lhes a eles. (professores, claro!)"

(Desconheço o autor)

Avaliação: a fuga em frente da ministra da Educação


"Não me façam perguntas sobre a avaliação que eu não vou responder" dizia, já nos Passos Perdidos à imprensa, a Ministra da Educação, repetindo pela enésima vez a postura assumida ao longo de mais de duas horas no plenário da Assembleia da República.

Maria de Lurdes Rodrigues foi ontem ao Parlamento "obrigada" pela marcação de uma interpelação feita pela bancada do PCP sobre política educativa e demonstrou estar em matéria de avaliação de professores entrincheirada numa verdadeira política de fuga para a frente. A ministra não cedeu perante uma manifestação de 100 mil professores nem tão pouco perante as perguntas insistentes de todas as bancadas e os pedidos de suspensão do sistema de avaliação".


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Ai aqueles comunas...

Avaliação: Simplificação foi um alívio




"Na sala de professores o ambiente está agitado. A avaliação do desempenho é tema de todas as conversas. Muitas vezes as críticas não visam apenas o modelo que o Ministério da Educação estabeleceu. Os desabafos traduzem descontentamento geral e os argumentos saltam entre a questão das faltas, a progressão ou a imagem da classe".






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É sempre a abrir com a simplificação dos processos...

OS “HOOLIGANS” E OS “TUDÓLOGOS”…

"Estive presente na “Marcha da Indignação” no dia 8 de Março por isso sou um dos 100.000 “hooligans”, epíteto com que alguém brindou toda uma classe.
Dizia-me alguém no dia seguinte: “Vocês iam todos muito ordeiros, muito calmos… muito educados!” ao que retorqui: “pudera nós somos EDUCADORES e PROFESSORES, nós ensinamos, educamos e transmitimos valores. Já Séneca dizia: “É lento ensinar por teorias, mas breve e eficaz fazê-lo pelo exemplo” daí a postura, digna e corajosa, dos participantes na manifestação.
Acabado o reparo ao epíteto lembro-me que além deste caso outros houve em que os “tudólogos”, aqueles que acham tudo acerca de tudo e todos, se manifestam sempre a favor daquilo em que o alvo sejam os outros, mas que quando são directamente ou indirectamente visados já se manifestam contra.
E ele há cada vez mais “tudólogos”.
Eu somente consigo falar daquilo que sei e reconheço que não sei tudo acerca do assunto, coitado de mim, tenho as minhas limitações: aprender e crescer até... Não consigo falar nem do queijo limiano, nem do lagar de varas, muito menos de como se constrói um prédio, como se plantam hortaliças, como se aplica o direito ou como se faz uma grande reportagem. Em contrapartida qualquer pessoa, desde que tenha algum interlocutor, põe-se a “achar” acerca do que o educador deve ou não fazer e qual, na sua clarividência, deve ser a sua postura e a postura da tutela para com eles.
Acham que se devem cercear os “madraços” dos educadores e professores que somente, imagine-se, pensam e defendem os seus direitos sem sequer olhar e/ou cumprir com os seus deveres, pelo menos é o que os “tudólogos” de serviço querem fazer transparecer para a opinião pública. Mas o povo saberá no final distinguir o que de facto é real do que é acessório e que a opinião de alguns não corresponde, minimamente, à verdade.
Agora se se desejar, realmente, dignificar a carreira docente podem começar por refazer a autoridade do educador e professor.
Já agora nós queremos a avaliação! Esta que nos estão a tentar impor é que NÃO!!!"

JS

"P. S. — Não sou comunista nem filiado em qualquer partido (nem para lá caminho). Antes: sou filiado num sindicato completamente apartidário e independente!"

terça-feira, 18 de março de 2008

Ministra garante que escolas vão fazer avaliação dos professores


"Mantém-se o braço-de-ferro entre sindicatos de professores, oposição e Maria de Lurdes Rodrigues a quem continuam a ser dirigidas duras críticas face às políticas seguidas na Educação e desvio a um debate nacional".


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Afinal era uma lâmpada, economizadora, com o filamento queimado!

Bravo, minha senhora!

"Nos maus velhos tempos do "antigamente", as mulheres sabiam qual era o seu lugar. Em casa, naturalmente! Havia uma figura chamada "chefe de família" (o homem, claro) e, portanto, elas não seriam mais do que "subordinadas". Havia áreas que em absoluto não lhes competiam, como a política ou o exercício de profissões "incompatíveis" com a condição feminina".

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Deveria haver mais assim!

Avaliar a educação


"Sempre que baixa o nível de exigência, reduz-se a taxa do insucesso escolar – para grande alegria de alguns governantes".

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Avaliação avança: Simplificação 'foi um alívio'


"Na sala de professores o ambiente está agitado. A avaliação do desempenho é tema de todas as conversas. Muitas vezes as críticas não visam apenas o modelo que o Ministério da Educação estabeleceu. Os desabafos traduzem descontentamento geral e os argumentos saltam entre a questão das faltas, a progressão ou a imagem da classe".



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segunda-feira, 17 de março de 2008

CUIDADO! Já é notícia!!!


"Para quem tem filhos na escola, as férias da Páscoa são sempre um problema: onde é que as crianças vão passar as duas semanas em que não têm aulas?"


Começa a cheirar a esturro...

Até que enfim... uma boa notícia!


Tolerância de ponto na quinta-feira à tarde
Despacho do Governo publicado em Diário da República
"Os funcionários públicos têm tolerância de ponto na tarde de Quinta-feira Santa, 20 de Março, de acordo com um despacho publicado hoje no Diário da República".



Sócrates anuncia investimento sem precedentes!


"Já no próximo ano lectivo, as escolas terão um aumento da velocidade da Internet em banda larga de 40 para 100 megabytes, as salas estarão equipadas com quadros electrónicos interactivos e, a prazo, o objectivo é ter um computador por cada dois alunos".




Vai ser sempre a "assapar"... em 2009!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Eu percebo os professores


"Maria de Lurdes Rodrigues – Eu percebo os professores. Tenho a consciência de que estamos a exigir mais esforço. Mais 32 mil alunos é um aumento de 30 por cento no 9.º ano. O trabalho é exigido aos professores, associado a outras medidas que exigem sacrifícios. Nesse sentido, pode dizer-se que o protesto não foi surpresa".


Ver mais: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=281057&idselect=9&idCanal=9&p=200

O sentimento não é recíproco! 8 de Março: diz-lhe alguma coisa?

Três anos de Governo


"No balanço dos três anos de Governo a frase mais infeliz foi a do porta-voz do PS. Vitalino Canas disse que nos balanços não se perde tempo a analisar as coisas que não correram bem".
Ora repita lá se faz favor!

Sou um homem generoso como diz a minha mãe


"José Sócrates abriu ontem, pela primeira vez, a porta para a sua vida privada ao País: mostrou o interior da sua residência, bebeu um café numa pastelaria vizinha à sua casa, foi de carro para São Bento, onde mostrou o seu gabinete de trabalho, fez jogging e passeou pelo Bairro Alto, onde acabou por almoçar".
Mãe é mãe...

Contagens decrescentes

"Celebrando três anos de governo num óptimo restaurante lisboeta, o governo Sócrates sabe que está em contagem decrescente. A corrida contra o tempo, que terminará nas eleições legislativas, é simples".

quinta-feira, 13 de março de 2008

Era só o que faltava!


Adoro esta frase e quando é repetida até à exaustão nos meandros políticos...

Já não é só um a utilizá-la... já são mais! Qualquer dia serão todos: a imitar a frase predilecta do "boss"...

Choque Tecnológico: Divórcios pela Internet a partir de hoje







"Todas as pessoas casadas ao abrigo da lei portuguesa podem a partir de hoje divorciar-se em poucos minnutos através de um portal na Internet".





Oh. Diabos! E eu que ainda não tenho cartão do cidadão...

Já podem ir de férias sossegados... Impostos: Ministro garante IRS devolvido no prazo


"O Ministério das Finanças garantiu ontem que os prazos para liquidação e pagamento dos reembolsos de IRS referentes a 2007 não serão adiados, apesar de os períodos de entrega das declarações de rendimentos dos contribuintes terem sido alargados".



quarta-feira, 12 de março de 2008

Sem concorrência para chefiar Governo



"O terceiro aniversário do Governo fica marcado pela queda do PS nas intenções de voto e pela pior nota de sempre atribuída pelos portugueses a José Sócrates: 7,4, numa escala de 0 a 20. Mesmo assim, entre o actual chefe de Governo e o líder da Oposição, Luís Filipe Menezes, os portugueses preferem José Sócrates para primeiro-ministro".

As cedências possíveis da 5 de Outubro


"Excepções à regra


Jorge Pedreira garantiu ontem que quando as escolas disseram que não conseguiriam cumprir o calendário, lhes foi dado mais tempo. Mas como "algumas escolas entendem que esse prazo ainda não é suficiente ", o Ministério vai propor "fórmulas" diferenciadas para esses casos pontuais que serão a excepção à regra.



Modelo caduca em 2009


O actual modelo de avaliação tem os dias contados e ainda nem deu provas de eficiência. O secretário de Estado Adjunto disse que no final do ano lectivo 2008-09, as sugestões da Comissão Científica serão apreciadas e incluídas "modificações". Professores que serão apenas avaliadores e uma comissão podem ser soluções".


Processo de avaliação dos professores não será suspenso


"A ministra da Educação garantiu hoje que o processo de avaliação dos professores não será suspenso, mas anunciou que as escolas poderão simplificar os procedimentos previstos no diploma, abdicando por exemplo da observação de aulas".


Acabou-se!


"Maria de Lurdes Rodrigues não tem condições para continuar a gerir o sistema de educação em Portugal. Porque já não é eficaz nessa função. Porque é um facto insofismável que o pessoal que ela administra não aceita a sua administração. Isso esvazia de conteúdo as suas funções."

Ver mais: http://jn.sapo.pt/2008/03/10/opiniao/acabouse.html

Terreiro do Paço transformou-se em Terreiro da INDIGNAÇÃO


Do Marquês à Praça do Comércio, 100 000 em defesa da dignidade profissional docente!

O Não Recuo!!!


Deu-me a sensação que ao ver uma "luz ao fundo do túnel" se se referissem a um eventual recuo por parte da tutela.
Mas não.
Simplesmente, como se diz na gíria castrense, rodaram 180º e avançaram devagarinho...

Esperando para ver!

terça-feira, 11 de março de 2008

100 mil... ainda não fomos suficientes!?


Como me sinto... depois dos comentários acerca de 8 de Março!

Quando alguém insano nos chama de "hooligan" só porque se acha no direito de ofender uma classe inteira. Eram somente 100000 e bastante ordeiros pois ensinam educação e transmitem valores!!!