"Há várias semelhanças entre o sistema de avaliação de professores chileno e o português. Nas últimas semanas os e-mails e blogues relacionados com a Educação têm sido inundados de mensagens que apontam para semelhança entre os dois modelos.
Os objectivos e os instrumentos da avaliação ou algumas das suas consequências são iguais nos dois países. Há algumas semanas, a ministra da Educação admitiu que o Governo se foi inspirar em modelos estrangeiros para ‘desenhar’ o tão polémico sistema de avaliação de professores.
Da leitura comparativa dos dois sistemas, há uma diferença que salta à vista: a periodicidade da avaliação. Enquanto em Portugal os professores serão avaliados em cada período de dois anos, no Chile a avaliação é de quatro em quatro anos. No entanto, no que respeita aos instrumentos de avaliação, por exemplo, as semelhanças são claras: existe auto-avaliação, uma entrevista pelo professor avaliador, a avaliação da direcção da escola. Em vez das aulas assistidas que o modelo português preconiza, no Chile uma aula é gravada por profissionais credenciados.
Se em Portugal a principal consequência da avaliação é a contagem ou não do tempo de serviço para a progressão na carreira, do outro lado do Atlântico os melhores professores recebem um abono, que pode ir até 25% do salário mínimo nacional. Para os professores com piores resultados, os dois sistemas sugerem a criação de acções de formação contínua. Com várias notas negativas, os professores saem da carreira, tanto no Chile como em Portugal.
Os objectivos e os instrumentos da avaliação ou algumas das suas consequências são iguais nos dois países. Há algumas semanas, a ministra da Educação admitiu que o Governo se foi inspirar em modelos estrangeiros para ‘desenhar’ o tão polémico sistema de avaliação de professores.
Da leitura comparativa dos dois sistemas, há uma diferença que salta à vista: a periodicidade da avaliação. Enquanto em Portugal os professores serão avaliados em cada período de dois anos, no Chile a avaliação é de quatro em quatro anos. No entanto, no que respeita aos instrumentos de avaliação, por exemplo, as semelhanças são claras: existe auto-avaliação, uma entrevista pelo professor avaliador, a avaliação da direcção da escola. Em vez das aulas assistidas que o modelo português preconiza, no Chile uma aula é gravada por profissionais credenciados.
Se em Portugal a principal consequência da avaliação é a contagem ou não do tempo de serviço para a progressão na carreira, do outro lado do Atlântico os melhores professores recebem um abono, que pode ir até 25% do salário mínimo nacional. Para os professores com piores resultados, os dois sistemas sugerem a criação de acções de formação contínua. Com várias notas negativas, os professores saem da carreira, tanto no Chile como em Portugal.
INSPIRAÇÃO EM VÁRIOS PAÍSES
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou, em entrevista recente ao ‘Acção Socialista’, que o Governo procurou "compatibilizar uma avaliação por objectivos com uma avaliação de competências", tendo para isso buscado inspiração a países como "Inglaterra, Espanha, Holanda e Suécia". A governante explicou que os sistemas de avaliação de desempenho dos professores no Continente europeu "são todos diferentes", mas que os objectivos dos vários sistemas acabam por ser similares.
No Chile, os professores com bom desempenho recebem uma ‘bolsa’ mensal, indexada ao salário mínimo. No último ano lectivo foram aprovadas bolsas para mais de 350 professores.
DESCUBRA AS DIFERENÇAS
LINHAS GERAIS
PORTUGAL
Melhoria dos resultados escolares e da qualidade das aprendizagens; proporcionar desenvolvimento pessoal e profissional; avaliação do docente de dois em dois anos
CHILE
Avaliação orientada para melhorar o trabalho pedagógico e promover o desenvolvimento profissional contínuo; avaliação de cada docente de 4 em 4 anos
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
PORTUGAL
Fichas de auto-avaliação; entrevista pelo professor avaliador; avaliação do coordenador de departamento curricular e da direcção executiva; assistência do avaliador a pelo menos três aulas
CHILE
Fichas de auto-avaliação; entrevista pelo professor avaliador; avaliação do director e do chefe técnico da escola; portfólio, que inclui a gravação em vídeo de uma aula
NÍVEIS DE DESEMPENHO
PORTUGAL
Excelente; Muito Bom; Bom; Regular; Insuficiente
CHILE
Destacado; Competente; Básico; Insatisfatório
CONSEQUÊNCIAS DA AVALIAÇÃO
PORTUGAL
Excelente: duas vezes seguidas reduz em quatro anos o tempo de serviço para acesso a Titular; quatro vezes seguidas dá direito a prémio de desempenho
Excelente e Muito Bom: duas vezes seguidas reduz três anos;
Muito Bom: duas avaliações seguidas reduz dois anos;
Bom Tempo vale para progredir
Regular/ Insuficiente: Não progride; proposta Acção de Formação Contínua
Insuficiente: Não renova contrato; duas classificações seguidas ou três interpoladas (quadro) determinam a não atribuição de tempo lectivo e a reconversão profissional
CHILE
Destacado ou Competente: recebe um abono mensal; tem de realizar prova de conhecimentos disciplinares e pedagógicos. O abono dura entre dois e quatro anos, entregue no ano seguinte à prova, e varia de acordo com o desempenho na avaliação e na prova, entre cinco e 25 por cento do Salário Mínimo Nacional;
Insatisfatório: repete a avaliação no ano seguinte e submete-se a Planos de Superação Profissional (Formação Contínua); se na 2ª avaliação obtiver Insatisfatório, deixa de dar aulas durante um ano; à 3.ª avaliação Insatisfatória sai da carreira, mas recebe um abono".
Edgar Nascimento in CM de 31/03/2008
Veja-a numa Democracia Musculada próxima de si!!!