"Estive presente na “Marcha da Indignação” no dia 8 de Março por isso sou um dos 100.000 “hooligans”, epíteto com que alguém brindou toda uma classe.
Dizia-me alguém no dia seguinte: “Vocês iam todos muito ordeiros, muito calmos… muito educados!” ao que retorqui: “pudera nós somos EDUCADORES e PROFESSORES, nós ensinamos, educamos e transmitimos valores. Já Séneca dizia: “É lento ensinar por teorias, mas breve e eficaz fazê-lo pelo exemplo” daí a postura, digna e corajosa, dos participantes na manifestação.
Acabado o reparo ao epíteto lembro-me que além deste caso outros houve em que os “tudólogos”, aqueles que acham tudo acerca de tudo e todos, se manifestam sempre a favor daquilo em que o alvo sejam os outros, mas que quando são directamente ou indirectamente visados já se manifestam contra.
E ele há cada vez mais “tudólogos”.
Eu somente consigo falar daquilo que sei e reconheço que não sei tudo acerca do assunto, coitado de mim, tenho as minhas limitações: aprender e crescer até... Não consigo falar nem do queijo limiano, nem do lagar de varas, muito menos de como se constrói um prédio, como se plantam hortaliças, como se aplica o direito ou como se faz uma grande reportagem. Em contrapartida qualquer pessoa, desde que tenha algum interlocutor, põe-se a “achar” acerca do que o educador deve ou não fazer e qual, na sua clarividência, deve ser a sua postura e a postura da tutela para com eles.
Acham que se devem cercear os “madraços” dos educadores e professores que somente, imagine-se, pensam e defendem os seus direitos sem sequer olhar e/ou cumprir com os seus deveres, pelo menos é o que os “tudólogos” de serviço querem fazer transparecer para a opinião pública. Mas o povo saberá no final distinguir o que de facto é real do que é acessório e que a opinião de alguns não corresponde, minimamente, à verdade.
Agora se se desejar, realmente, dignificar a carreira docente podem começar por refazer a autoridade do educador e professor.
Já agora nós queremos a avaliação! Esta que nos estão a tentar impor é que NÃO!!!"
JS
"P. S. — Não sou comunista nem filiado em qualquer partido (nem para lá caminho). Antes: sou filiado num sindicato completamente apartidário e independente!"
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