quarta-feira, 12 de novembro de 2008

JS acusa sindicatos de instrumentalizar professores

A Juventude Socialista acusou os sindicatos de instrumentalizar os professores, considerando incompreensível que alguns socialistas se deixem "capturar" pelo seu discurso.


"Não compreendemos que alguns socialistas se deixem capturar por este discurso. Não percebemos a sua radicalização e a sua incapacidade de ver algo de positivo nas políticas implementadas. Não nos parece democrático, nem tão pouco socialista", refere o secretariado nacional da JS em comunicado.


Recusando participar ou contribuir para a "campanha de descrédito" em relação às políticas de Educação do Governo que está a ser "montada" por alguns partidos e sindicatos, a JS admite, contudo, compreender alguns dos motivos que levaram os professores a manifestarem-se, como a avaliação e o Estatuto da Carreira Docente, "especialmente porque afectam a vida das pessoas".


Porém, acrescenta a JS, "é fundamental e absolutamente necessária a avaliação dos professores, como acontece com qualquer profissão".


Por isso, continuam os jovens socialistas, as mudanças deverão ser graduais, dando tempo de adaptação aos professores.


"Encaramos, por isso, como um sinal positivo o facto da avaliação não contar para a progressão nos próximos anos. Percebemos a vontade do Ministério da Educação de dar tempo para se poder testar este modelo de avaliação e melhorá-lo antes de começar a contar para a progressão. Não percebemos a reacção dos sindicatos de ignorar este gesto", salienta a JS.


Os jovens socialistas sublinham, a este propósito, que a existir diálogo, os sindicatos também têm de mostrar disponibilidade e "acabar com a actual posição irredutível, que confirma as suspeitas de quem acha que estes têm uma agenda que vai contra os reais interesses dos professores".


No comunicado, a JS assinala ainda a atitude do Governo ao longo deste processo, considerando que o executivo de José Sócrates "sempre esteve disponível para ouvir os professores e questionar as suas políticas".


Prova disso, argumentam, foi o acordo obtido, tendo sido os sindicatos a quebrar com o que foi assinado.


"Para a JS é inadmissível que se assuma a posição de procurar desacreditar todo o trabalho e as importantes reformas que têm sido implementadas pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Ensino Superior", sublinham ainda os jovens socialistas.


Na nota enviada à comunicação social, a JS pergunta ainda como é possível "ignorar" alguns resultados alcançados nos últimos anos, nomeadamente o "aumento histórico" do número de alunos no ensino secundário e no ensino superior, o facto de todos os estudantes do ensino básico terem agora acesso ao inglês, o reforço do apoio no abono de famílias ou a disponibilização de computadores a baixo preço para todos os alunos.


"Como se pode, sabendo destes dados, afirmar que não foi valorizada a escola pública ou que não se está a procurar esbater desigualdades? Como se pode reduzir todo este trabalho a manipulação estatística? Como é possível ignorar os efeitos positivos na vida futura dos alunos e das suas famílias", questiona ainda a JS.



VAM. in [JN]


Pois são 120.000 tolinhos que se deixam manipular... Venham outros professores. Estes, decididamente, não prestam! Não votarão PS...

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