quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ministério duvida das assinaturas

A Plataforma Sindical de Professores entregou hoje, no Ministério da Educação, um abaixo-assinado com recorde de assinaturas a exigir a suspensão do modelo de avaliação de desempenho dos professores e a revisão do Estatuto da Carreira Docente.
Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma e dirigente da FENPROF, fez questão de afirmar que os sindicatos “conseguiram reunir quase 70 mil assinaturas, em apenas uma semana, o que é um número histórico e mostra bem qual é a disposição dos professores”.

“Se eram necessárias mais provas que comprovassem a intenção dos professores, aqui estão elas”, disse Mário Nogueira, lamentando que Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação, “não se tivesse mostrado disponível para os receber”, tendo sido recebidos por Jorge Pedreira, Secretário de Estado Adjunto e da Educação.
No final da entrega das assinaturas, Jorge Pedreira desvalorizou o “número histórico” conquistado pela Plataforma Sindical de Professores, dizendo aos jornalistas que “qualquer pessoa pode ter preenchido o abaixo-assinado, pois apenas era solicitado o nome do ‘professor’ e o da Escola”. Mário Nogueira, respondendo ao Secretário de Estado, disse que Jorge Pedreira “não deve saber a diferença entre um abaixo-assinado e uma petição”.
Estão marcadas para amanhã reuniões entre os Sindicatos de Professores e o Ministério da Educação. No entanto, Jorge Pedreira disse que as propostas que irão ser apresentadas aos professores, “nada têm a ver com o pedido dos Sindicatos de haver uma suspensão do modelo de avaliação e da revisão do Estatuto da Carreira Docente”, não querendo adiantar qual o propósito das mesmas. Mário Nogueira desfez a dúvida e afirmou que a FENPROF irá estar presente, “tal como os restantes sindicatos”.
in [CM]

"Quem desconfia é porque não é de confiança"!!!
O povo sabe...

sábado, 20 de dezembro de 2008

NEM OUTRA COISA SE ESPERAVA NO PAÍS DOS TUGAS!!! VII

Diário da República nº 255, de 6 de Novembro 2008:

Aviso nº 11466/2008 (2ª Série)


Assunto: Concurso Público para Assessor.
Entidade: Instituto Português da Juventude.
Vencimento: € 3.500 (mais coisa menos coisa).

Método de selecção: Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato.




Aviso simples (pág. 26922)


Assunto: Concurso externo para Coveiro.
Entidade: Câmara Municipal de Lisboa.
Vencimento: € 450 (mais coisa menos coisa)


Método de selecção:

A - Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos. A prova consiste no seguinte:

1. Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.

B - prova de conhecimentos técnicos (os cemitérios fornecem documentação para estudo):
1. Inumações
2. Cremações
3. Exumações,
4. Trasladações
5. Ossários
6. Jazigos
7. Columbários ou cendrários
8. Transporte e remoção de restos mortais.

C - Habilitações, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.

D - O candidato será ainda submetido a um exame médico para aferimento das suas capacidades físicas e psíquicas.



- Que falta nos fazes Fernando Pessa!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

QUE OS FAZ CORRER?

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Que fará correr o ME?

Apreciem a publicidade que faz, ao seu modelo de avaliação, na página 23 da edição de 15/12/2008!!!

Agora imaginem os gastos...

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domingo, 14 de dezembro de 2008

OS APOIOS!

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SINDICATOS 130.000 - 13 MINISTÉRIO EDUCAÇÃO
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.Ligeiríssimas diferenças (nada de aflitivo)...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

NOVA SABEDORIA POPULAR


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1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Sócrates, põe-te a chorar.


2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Sócrates, mais cedo se enterra.


3) Sócrates a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.


4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Sócrates lixa-se.


5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Sócrates, tem cem anos de aflição.


6) Gaivotas em terra temporal no mar; Sócrates em Belém, o povinho a penar.


7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Sócrates quem se quer afogar.


8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Sócrates, Soarão, manhã de Inverno tarde de inferno.


9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Sócrates é burro mesmo.


10) Peixe não puxa carroça; voto em Sócrates, asneira grossa.


11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Sócrates empossado, povinho atropelado.


12) A ocasião faz o ladrão, e de Sócrates um aldrabão.


13) Antes só que mal acompanhado, ou com Sócrates ao lado.


14) A fome é o melhor cozinheiro, Sócrates o melhor coveiro.


15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Sócrates, não se faz à gente.


16) Boda molhada, boda abençoada; Sócrates eleito, pesadelo perfeito.


17) Casa roubada, trancas na porta; Sócrates eleito, ervas na horta.


18) Com Sócrates e bolos se enganam os tolos.


19) Não há regra sem excepção, nem Sócrates sem confusão.


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E OS MALANDROS SÃO OS PROFESSORES?

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No comments...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

DEPUTADOS FALTAM QUASE O DOBRO À SEXTA-FEIRA!!!

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Parlamento. O DN fez as contas à presença dos deputados no plenário, desde o início do ano, nos três dias da semana em que há sessões plenárias.

Conclusão: mesmo sendo por vezes dia de votações, os parlamentares faltam muito mais à sexta-feira.

A reunião com maior assiduidade é a de quinta. Último plenário da semana é o menos concorrido

As faltas dos deputados às reuniões plenárias de sexta-feira, no Parlamento, atingem quase o dobro das ausências registadas nos outros dias. O DN fez as contas às faltas dos parlamentares, desde o início deste ano, nos três dias em que há sessões plenárias na Assembleia da República.

As reuniões de sexta contam 640 faltas. Já a quinta-feira, meio da semana, é o dia de maior assiduidade - regista 341 ausências. Nos plenários de quarta-feira houve 389 faltas.

Na esmagadora maioria trata-se de faltas justificadas - a invocação de trabalho político é campeã nas justificações apresentadas pelos deputados. Em segundo lugar como motivo de ausência surge a doença, mas a grande distância da primeira. Dos números citados está excluída a não comparência nas sessões devido a missão parlamentar.

O total de 1370 faltas dos deputados (o registo de presenças está disponível no site da Assembleia da República) reporta-se aos quase 100 plenários realizados desde o mês de Janeiro até 18 de Julho - data em que os trabalhos parlamentares interromperam para férias -, retomando a 17 de Setembro e até ao final do mês de Novembro.

Os dados tornam evidente a menor assiduidade dos deputados à sexta-feira. No primeiro plenário da semana, à quarta, é raro o número de ausências ultrapassar as duas dezenas. E à quinta-feira menos ainda. Chegados à sexta, o panorama muda completamente de figura - foram 14 os plenários em que faltavam mais de 20 deputados nas bancadas. Por quatro vezes o número de ausentes ultrapassou os 30. E num caso específico, o do plenário menos concorrido do ano - nada menos que a sessão solene do 25 de Abril - as faltas ultrapassaram as quatro dezenas (ver caixa em cima).

Os grandes contribuintes para estes números são o PSD e o PS - mesmo proporcionalmente, faltam mais que os pequenos partidos.

Faltas polémicas no PSD

O DN não incluiu nas contas os plenários de Dezembro pelo facto de os dados não estarem ainda actualizados no site do Parlamento. Mas é certo que a sessão plenária da última sexta-feira ainda pesaria mais no desequilíbrio face aos outros dias - sexta-feira, na hora da votação, não estavam no hemiciclo 13 deputado do PS e 35 da oposição, 30 dos quais do PSD.

Manuela Ferreira Leite interpelou o seu líder parlamentar sobre as faltas e, publicamente, considerou-as "inaceitáveis". O antigo presidente do partido Marcelo Rebelo de Sousa classificou a situação de "gravíssimo" e apelou a consequências. O líder da distrital do PSD/Porto, Marco António Costa exigiu a demissão de Paulo Rangel. E só Pedro Santana Lopes, que também faltou na sexta-feira, se insurgiu contra Marcelo. Com P.S.

in [DN]
Ainda se lembram de a classe docente ser apelidada de absentista? Afinal...


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ATENÇÃO: VÍRUS DEVASTADOR!!!



Se receber um e-mail de
noreply@dgrhe.min-edu.pt não abra! É um virus extremamente pernicioso.

Se o abrir, o seu disco rígido fica mole, você fica impotente para a prática lectiva, a sua família terá de contar com mais dez anos em que você estará ausente.

É certo que você corre o risco de ficar literalmente grelhado, o seu cão deixará de ladrar, os peixes do seu aquário cometerão suicídio colectivo, o seu gato uivará durante sete meses.

As empresas de anti-virus vêm alertando para a perigosidade deste vírus, descoberto em Portugal por verdadeiros professores especialistas em anti-virus.

Sabe-se, por exemplo, que o virus desencadeia um cheiro a grelhado, à primeira vista extraordinariamente apelativo, que tem conduzido os professores que o abriram, à beira da grelha, para onde alguns já saltaram sem razão que o justifique.

Não abra mails daquele endereço, pode estar a grelhar o futuro do seu país.

Passe este mail a pelo menos 140 000 professores. Se o não fizer, o país será coberto por uma cortina de fumo que impedirá que os Portugueses vejam que os bancos estão falir, o desemprego a aumentar, o descontentamento a engrossar e...os professores a acabar!


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domingo, 7 de dezembro de 2008

UM GOVERNO DE RECUOS!

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Professores, professores, professores. Eis a palavra de ordem das últimas semanas. O país tem muitos mais problemas para além desse, num momento tão dramático como aquele em que vivemos à volta da crise financeira mundial. No entanto, verdade seja dita, a vida dos professores acaba por influenciar a vida de qualquer cidadão. Mas mais do que isso: a união impressionante dos professores contra o governo é o sinal visível da tempestade que o governo semeou no início do seu mandato em 2005. Mais cedo ou mais tarde, os socialistas irão pagar caro a atitude prepotente e desprezível com que assumiram a governação de Portugal.

A guerra entre sindicatos, professores e a Ministra da Educação veio provar aos mais cépticos que os movimentos sindicais estão bem vivos e não antiquados nas suas formas de luta como muitos defendem. O que interessa é a mobilização e não há dúvidas de que, mesmo que ainda subsista a dúvida nalguns políticos com compromissos partidários, quando mais de 100 mil profissionais protestam veementemente contra uma medida política, não resta alternativa senão revê-la. Acusar os professores de não quererem ser avaliados torna-se demasiado simplista e até desonesto. Para alguns, algo está mal na governação, mas não era difícil perceber o que se avizinhava quando, para fazer as suas reformas, o governo optou pela estratégia do fomento da inveja social e do vilipêndio por certas classes profissionais. Essa estratégia voltou-se contra si. A Ministra recuou em todos os aspectos, fragilizando-se a um ponto que somente José Sócrates sabe explicar por que razão ainda a mantém no cargo. Nesta e noutras questões, a divisão do Partido Socialista só não é mais visível porque está no poder e os seus quadros-militantes, por comodismo e apego a lugares políticos, aceitam sujeitar-se a um silêncio incomodado. (...)


Paulo Noval in [A União]

NEM OUTRA COISA SE ESPERAVA NO PAÍS DOS TUGAS!!! IV


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E o povo paga...



quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O MAGALHÃES PARA PÚBLICO MAIS...

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O Magalhães que falta!

A LIÇÃO DOS PROFESSORES

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Quando este governo tomou posse, deram-lhe um estado de graça, que ele aproveitou para:

- Aumentar o IVA, mesmo depois de ter prometido que não aumentaria impostos;

- Aumentar a idade da reforma, apesar de ter prometido que o não faria;

- Congelar as carreiras de alguns sectores da Função Pública.

O povo continuou adormecido.

Depois, provou-se que o Primeiro-Ministro manipulou documentos da Assembleia da República para que o tratassem por Engenheiro, que tirou um curso de Engenharia sem ir às aulas, enviando trabalhos por fax, e que, enquanto recebia um subsídio de exclusividade, assinava projectos.

O povo mostrou-se indiferente, achando que, se ele queria que o tratassem por Engenheiro, era lá com ele.

De seguida, decidiu fechar escolas e urgências; a população começou a despertar e o ministro da saúde foi demitido, mas a política continuou.

Posteriormente, vieram as aulas de substituição gratuitas e a responsabilização dos professores pelo insucesso dos alunos.

Os professores acordaram e os tribunais deram-lhes razão na ilegalidade das aulas de substituição não remuneradas.

Depois veio o Estatuto da Carreira Docente, que dividia os professores em duas categorias, sem qualquer análise de mérito, e impedia que dois terços dos professores atingissem o topo da carreira.

Os professores ficaram atordoados e a Ministra aproveitou para esticar a corda ainda mais, tratando os docentes por "professorzecos" e criando um modelo de avaliação que ela própria considerou "burocrático, injusto e inexequível" e que prejudica os professores que faltassem por nojo, licença de paternidade, greve ou doença.

Aí os professores indignaram-se e vieram para a rua. O Governo e os sindicatos admiraram-se com a revolta dos professores e apressaram-se a firmar um entendimento que adiava a avaliação.

No ano lectivo seguinte, os professores foram torturados com o suplício de pôr a andar um monstro, cavando a sua própria sepultura. Em todas as escolas, começou a verificar-se que esse monstro não tinha pernas para andar. Os professores começaram a pedir a suspensão do processo e marcaram uma manifestação para o dia 15 de Novembro. Os sindicatos viram o descontentamento geral e marcaram outra manifestação para o dia 8 de Novembro.

Os professores mobilizaram-se e a Ministra tremeu… Os alunos aprenderam com os professores o direito à indignação e aperceberam-se de que o seu estatuto também era injusto, porque penalizava as faltas por doença, e começaram a manifestar-se. A Ministra percebeu que tinhade aliar-se aos alunos e cedeu nas faltas, culpando os professores pela interpretação da lei. Conseguiu mesmo alterar sozinha uma lei aprovada pela Assembleia da República perante os mudos parlamentares.

O ambiente na Escola tornou-se tão insustentável que a Ministra deixou de ter coragem de visitar escolas. Então, decidiu alterar novamente o seu modelo, sem o acordo de ninguém, pois só ela não entende que está a mais no Governo, defendendo um modelo que sabe que é errado, só para não dar o braço a torcer (lembrando a teimosia de Paulo Bento que, para afirmar o seu poder, prefere perder). Se fizesse uma auto-avaliação, percebia que está tão isolada que até o representante das associações de pais, aliado de outras batalhas, tomou consciência do que estava em causa.

Agora, o Secretário de Estado Adjunto vem dizer que a Lei é para cumprir. Mas qual Lei? A da Ministra que não respeita os tribunais, que altera as leis da Assembleia da República a seu belo prazer, que manda repetir exames, mesmo sabendo que é inconstitucional, que penaliza os professores pelo direito à greve e às faltas por nojo, por doença ou por licença de paternidade?

Quem deixou de cumprir a Lei foi a Ministra e o Governo. Lembram-se de alguém que fumou ilegalmente num avião, afirmando que desconhecia uma Lei imposta por si? É o mesmo que vem dizer que nem ele está acima da Lei.

Já que a Comunicação Social está instrumentalizada e não há oposição firme, o povo devia seguir a lição dos professores e manifestar-se:

- Contra o elevado preço dos combustíveis, uma vez que o preço do petróleo desceu para um terço do que custava há meses e em Portugal os combustíveis ainda só desceram cerca de 20%;

- Contra os elevados salários de gestores de empresas públicas que dão prejuízo;

- Contra a entrega de computadores "Magalhães" que depois têm de ser devolvidos, como quem tira doces a crianças;

- Contra o financiamento público de bancos que exploram os clientes com elevados juros;

- Contra as listas de espera na saúde;

- Contra as portagens nas SCUT;

- Contra a criminalidade e a insegurança que se vive em Portugal;

- Contra as elevadas taxas de desemprego;

- Contra o desvio do dinheiro de impostos para o TGV;

- Contra as mentiras.

Se os Portugueses acordarem e seguirem o exemplo dos professores, os governantes deixarão de se "governar" e passarão a defender o interesse das pessoas.

"Ao emendar aquilo que precisa de correcção, o bom professor não está a ser rude". (Quintiliano)


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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

TARTARUGA NUM POSTE



Enquanto era suturada uma ferida na mão de um velho lavrador, o médico e o doente começaram a conversar sobre a recente manifestação de professores e o descontentamento da classe, relativamente às políticas educativas do Governo.

Então o velhinho disse:

- Bom, o senhor sabe... Essa tal Milú, a Ministra, é uma tartaruga em cima de um poste...

Sem saber o que o camponês queria dizer, o médico perguntou o que era uma tartaruga em cima de um poste.

O camponês explicou:

- É quando o senhor vai por uma estradinha e vê um poste de vedação, em arame farpado, com uma tartaruga equilibrando-se em cima dele. Isto é uma tartaruga em cima de um poste...

O velho camponês olhou para a cara de espanto do médico e vendo que ele ainda não tinha compreendido, continuou com a explicação:

- Pense assim:

1. Você não entende como ela lá chegou!

2. Você não acredita que ela esteja lá!

3. Você sabe que ela não subiu para lá sozinha!

4. Você sabe que ela não deveria, nem poderia estar lá!

5. Você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto estiver lá!

6. Então tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá!


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Governo 61 - 94 Plataforma Sindical

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http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1053343



O esgrimir dos números! Mesmo assim 61% = MAIORIA ABSOLUTA (em luta)!

AS ESCOLAS "ABERTAS"!

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http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=08E86208-4594-47F2-BBE2-19BE5260F5B5&channelid=00000009-0000-0000-0000-000000000009



Como se vê... em democracia é assim!

ESTAVA NAS NOSSAS MÃOS!!!


Juntos conseguimos... 94% de adesão!

O QUE TODOS DEVIAM LER!!!


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Prós e Prós da RTP1

Ambas convidadas a representarem os professores por FCF!!!



segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O novo artista Português!

Os meus computadores
Em nada são iguais
E até o Hugo Chavez
É deles que gosta mais
Até o Hugo Chavez
É deles que gosta mais
Os meus computadores
Em nada são iguais

Abro o Excel e aparece
O Orçamento, que ternura
Tão leve que até parece
Fruto da minha loucura

Mas o Word ciumento
Quer brilhar na sua vez
Neste texto que é bem técnico
Ele corrige o inglês

Os meus computadores
Em nada são iguais
E até o Hugo Chavez
É deles que gosta mais
Até o Hugo Chavez
É deles que gosta mais
Os meus computadores
Em nada são iguais

E minha mão sobre o rato
Sem saber o que fazer
Imprimo outro diploma
Pr'aumentar ao meu saber

Que o Magalhães não encrave
Eu já pedi tanta vez
Pois enquanto ele trabalha
Faz feliz um português

Lalala-rala-ralala
Lalala-rala-rala
Lalala-rala-ralala
Lalala-rala-rala
Lalala-rala-ralala...


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ATÉ QUANDO?


Aguenta-a até às eleições que o pessoal agradece ....

sábado, 29 de novembro de 2008

Plataforma Sindical dos Professores não abdica da suspensão da actual avaliação



As organizações que integram a Plataforma Sindical dos Professores reuniram, hoje (28/11/2008), com o Ministério da Educação. Nessas reuniões, que tiveram lugar em quatro mesas separadas, foi colocada a exigência de suspensão do actual modelo de avaliação que o ME rejeitou. Por essa razão, não foi entregue ao Ministério o documento em que a Plataforma Sindical apresentava as suas propostas para desbloqueamento da actual situação que
opõe o Ministério da Educação aos Professores e Educadores.

Esse documento apresentava o seguinte conteúdo:

"Face à actual situação de impasse e profundo conflito que se instalou entre o Ministério da Educação e os professores e educadores, a Plataforma Sindical dos Professores apresenta a seguinte proposta à Senhora Ministra da Educação:

1. Que seja suspensa a aplicação do actual modelo de avaliação, dando, assim, resposta aos apelos das escolas e dos seus órgãos de gestão e dos professores e das suas organizações sindicais, num quadro de salvaguarda dos superiores interesses da Escola Pública, do desempenho dos professores e das boas aprendizagens dos alunos;

2. Que, consequentemente, se iniciem, negociações com vista à construção de um outro modelo que constitua uma alternativa válida, cientificamente capaz, pedagogicamente adequada e orientada para a melhoria efectiva das práticas docentes, devendo este processo negocial decorrer num quadro de revisão do Estatuto da Carreira Docente que vise, entre outros objectivos, o fim da divisão dos professores nas categorias de "professor" e "professor-titular";

3. Que, garantida a suspensão do actual modelo de avaliação, no sentido de se evitarem saídas de carácter administrativo, seja negociada uma solução transitória centrada no professor e no seu desempenho profissional, logo, que parta da sua autoavaliação e envolva o Conselho Pedagógico da Escola/Agrupamento no processo avaliativo de transição."

Após as reuniões hoje realizadas e face à incapacidade do ME para desbloquear a situação de conflito que está instalada, a Plataforma Sindical dos Professores considera ainda mais importante que os Professores e Educadores, Todos os Professores e Educadores, adiram à Greve Nacional convocada para o próximo dia 3 de Dezembro.

A Plataforma Sindical dos Professores
28/11/2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

PUBLICIDADE II




Uma avaliação de desempenho que protege os professores


(N. R. - Deve ser o novo slogan da Durex!)


Exmo.(a) Senhor(a) Professor(a)

Prestam-se as seguintes informações relativamente ao processo de avaliação de desempenho dos docentes:

Um modelo de avaliação de desempenho que não prejudica nenhum professor

Com a classificação de Bom, para a qual não existem quotas, estão garantidas condições para uma normal progressão na carreira. As classificações de Excelente e Muito Bom aceleram o ritmo da progressão. Neste ciclo avaliativo eventuais efeitos negativos decorrentes das classificações de Insuficiente ou Regular estão suspensos e sujeitos a confirmação posterior.

Assim, este modelo protege os professores, dando-lhes condições mais vantajosas que à generalidade dos funcionários públicos, que não adquirem automaticamente condições de progressão com classificações isentas de quotas.

Neste período transitório existe uma vantagem adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classificações negativas.

O que é, afinal, a avaliação de desempenho docente?

Este modelo de avaliação respeita a especificidade da função docente e o nível de qualificação que o seu exercício exige, ao contrário do que sucede com a larga maioria dos trabalhadores da administração pública - incluindo o pessoal não docente, que há dois anos é avaliado em todas as escolas.

É por isso que a avaliação do desempenho dos professores contempla duas vertentes e, consequentemente, é efectuada por avaliadores distintos:

- a avaliação funcional, que é assegurada pelo director ou presidente do conselho executivo e contempla dimensões inerentes ao desempenho de qualquer profissão, tais como o cumprimento dos objectivos individuais, a assiduidade, o cumprimento do serviço lectivo e não lectivo, a participação na vida da escola, entre outros.

- a avaliação científico-pedagógica, que é efectuada pelos professores coordenadores do respectivo departamento curricular ou outros professores titulares em quem tenha sido delegada a competência de avaliação, que são em regra os professores mais experientes.

Para que esta seja efectivamente uma avaliação de desempenho, e não uma análise documental baseada em registos administrativos, é fundamental, na vertente científico-pedagógica, a observação directa do desempenho em sala de aula.

É por esta razão que, embora esta vertente tenha sido tornada transitoriamente voluntária, ela permanece obrigatória para a atribuição das classificações que distinguem o mérito (Muito Bom e Excelente).

A avaliação dos professores e os resultados escolares dos alunos

Foi tomada a decisão de não considerar o parâmetro que avalia o contributo dos docentes para progresso dos resultados escolares e para a redução da taxa de abandono, na sequência, aliás, da recomendação do Conselho Científico de Avaliação de Professores, que considera a necessidade de uma maior consolidação técnica a este nível.

Esta medida decorre, fundamentalmente, da percepção de que se trata de um dos elementos de mais difícil operacionalização, dando, em muitas escolas, origem a instrumentos de registo e indicadores de medida muito complexos e induzindo uma forte carga burocrática, contribuindo, assim, para a simplificação do processo, que poderá prosseguir normalmente em todas as escolas.


Ministério da Educação

Tanta "protecção" deve tornar redundante o uso do...

PUBLICIDADE I



Ex.mo(a) Senhor(a) Professor(a)

Como forma de prestar uma informação em primeira-mão, e dado que alguns docentes não receberam o anexo constante de um email enviado anteriormente, transcreve-se no presente email a informação relativa às principais propostas sobre as condições de implementação do processo de avaliação de desempenho dos docentes.

A Direcção Geral de Recursos Humanos

Informação sobre a Avaliação de Desempenho dos Docentes

25 de Novembro de 2008

O Ministério da Educação esteve sempre disponível para dialogar com todos os professores, conselhos executivos, sindicatos, pais e demais parceiros sobre as reformas que empreendeu e, também, sobre a avaliação de desempenho dos professores. Prova disso é o memorando de entendimento que, em Abril do corrente ano, foi assinado com a plataforma de sindicatos, onde ficaram acordadas as condições de aplicação do modelo de avaliação neste primeiro ciclo avaliativo.

Interrompido que foi este acordo, mantemo-nos contudo fiéis ao nosso compromisso de garantir a todos os professores as condições indispensáveis ao prosseguimento do processo no corrente ano lectivo. Ouvidos todos os intervenientes e parceiros do sistema educativo, identificámos um conjunto de problemas que se considera dificultarem a concretização do processo de avaliação de desempenho dos professores, designadamente:

(1) a insuficiência de avaliadores da mesma área disciplinar dos avaliados;

(2) o excesso de burocracia;

(3) a sobrecarga de trabalho.

Com o objectivo de ultrapassar estes constrangimentos, decidimos avançar com um conjunto de medidas, de aplicação imediata, que introduzem alterações importantes nas condições de implantação do modelo. As medidas são as seguintes:

1) Garantir que os professores, sempre que o requeiram, possam ser avaliados por avaliadores da mesma área disciplinar

São alteradas as regras de delegação de competências, de modo a permitir que a delegação recaia em professores titulares de outro departamento curricular ou em professores nomeados em comissão de serviço como professores titulares, sem que neste caso se apliquem os rácios a que esta solução está hoje sujeita. Em caso de impossibilidade de recurso a qualquer destas soluções, poderão as competências ser delegadas em professores titulares de outro agrupamento de escolas ou escola não agrupada, neste caso com o apoio das Direcções Regionais de Educação.

2) Não considerar o parâmetro referente ao progresso dos resultados escolares e à redução das taxas de abandono escolar

Esta medida decorre da percepção das dificuldades de ordem burocrática que a sua utilização estava a introduzir nas escolas e da necessidade de maior consolidação técnica identificada pelo Conselho Científico da Avaliação de Professores. Sendo assim, as fichas de avaliação a preencher pelo presidente do conselho executivo não devem contemplar este parâmetro. A possibilidade de acesso à classificação final máxima está garantida mesmo com a eliminação deste parâmetro.

3) Promover a simplificação dos instrumentos de avaliação

O preenchimento das fichas de avaliação e auto-avaliação foi simplificado, uma vez que é alargada a possibilidade de agregação de todos os itens e subparâmetros. Só é exigida a avaliação e a classificação dos parâmetros. Serão também muito em breve disponibilizadas orientações que promovam a simplificação dos instrumentos de registo e indicadores de medida.

4) Dispensar, em caso de acordo, a realização de reuniões entre avaliador e avaliado

Em caso de acordo, as reuniões para a atribuição da classificação final são tacitamente dispensadas, podendo no entanto a sua realização ser solicitada quer pelo avaliador quer pelo avaliado. Além disso, e embora não esteja prevista a realização de qualquer outra entrevista, muitas escolas assumiram que a fixação de objectivos individuais implicava o agendamento e a realização de uma reunião entre avaliador e avaliado. Assim sendo, e com o objectivo de agilizar o processo, são introduzidas as seguintes regras:

- os objectivos são apresentados exclusivamente ao presidente do conselho executivo ou director (ou dos membros da direcção executiva em quem acompetência tenha sido delegada);

- os objectivos são considerados tacitamente aceites se, no prazo de 10 dias, o avaliador nada disser sobre os objectivos propostos.

5) Tornar voluntária a avaliação da componente científico-pedagógica

A avaliação desta componente, da responsabilidade do coordenador do departamentocurricular (ou dos professores titulares em quem a competência tenha sido delegada), passa a ter carácter voluntário, sendo no entanto requisito necessário à obtenção das classificações de "Muito Bom" e "Excelente".

6) Reduzir o número mínimo de aulas a observar

O número de aulas observadas, para os professores que optem por serem avaliados na componente científico-pedagógica, é reduzido de três para duas, ficando a terceira observação dependente de solicitação do professor avaliado.

7) Clarificar o regime de avaliação dos avaliadores

Os coordenadores de departamentos curriculares e todos os outros professores avaliadores da componente científico-pedagógica são exclusivamente avaliados pelo presidente do conselho executivo ou director, no seu desempenho profissional e enquanto avaliadores. A avaliação dos membros das direcções executivas é efectuada em moldes idênticos aos previstos no SIADAP 2, sistema de avaliação de desempenho dos dirigentes da administração pública, depois de ouvido o Conselho das Escolas.

8) Alargar as acções de formação contínua consideradas na avaliação

No presente ciclo de avaliação, são consideradas as acções de formação contínuaacreditadas que não tenham sido utilizadas em anteriores avaliações, sendo utilizada a menção de "bom" nos casos em que não exista classificação. Relembra-se que é ainda possível o pedido de acreditação ao Conselho Científico de Formação Contínua pelo avaliado de pós-graduações, mestrados e doutoramentos (ou de disciplinas dos mesmos) que não estejam ainda acreditadas.

9) Melhoria das condições de trabalho para os avaliadores

São reforçadas e alargadas as compensações da sobrecarga de trabalho decorrente da avaliação, como seja a possibilidade de remunerar, através do pagamento de horas extraordinárias, o esforço suplementar que garanta que a avaliação se efectue por docentes da mesma área disciplinar dos avaliados, sem que isso se traduza em alterações substanciais aos horários das escolas. Estas medidas constarão de alterações pontuais nos normativos abaixo indicados,que seguirão em breve, acompanhados de orientações precisas sobre as condições de prosseguimento da avaliação de desempenho docente:

-- Decretos Regulamentares n.º 2 /2008, de 10 de Janeiro, e n.º 11/2008, de 23 de Maio;

-- Despacho n.º 20131/2008, de 30 de Julho - Avaliação de desempenho docente percentagens de menções qualitativas de "Excelente" e "Muito Bom";

-- Despacho n.º 7465/2008, de 13 de Março - Delegação de competências de avaliador e nomeação em comissão de serviço;

-- Despacho n.º 19117/2008, de 17 de Julho - Organização do Ano Lectivo

-- Despacho n.º 16872/2008, de 23 de Junho - Aprovação das Fichas de Avaliação do Desempenho.

Estamos convictos de que, com estas medidas, estarão criadas as condições para que o processo de avaliação decorra dentro da normalidade em todas as escolas. Só assim será possível cumprir o compromisso que assumimos com a plataforma de sindicatos em Abril de 2008: proceder, em Junho e Julho de 2009, ao balanço deste primeiro ciclo de avaliação para que, com base nos elementos obtidos no respectivo processo de acompanhamento e monitorização, possa ser identificada a necessidade de introdução de modificações ou alterações ao modelo.

ME

DGRHE


A máquina publicitária no seu melhor...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Discursos!!!




Ouvido de passagem:


"Estive, na manifestação, na Guarda onde estavam zero graus negativos" . (26-11-2008)



Se fossem "zero graus positivos" sempre estaria mais quente...



AFINAL... O ANÚNCIO DO SIMPLEX!


Estupefacta, mas não surpreendida.

Como milhares de professores, ontem ouvi a sra. Ministra:

Afinal... é possível reduzir burocracia...!

Afinal... são muitas as fichas...!

Afinal... alguns procedimentos são inviáveis...!

Afinal... há parâmetros que ainda não se sabe como podem ser quantificados para serem medidos/avaliados...!

Afinal... há horários sobrecarregados...!

Afinal... há avaliadores que não podem avaliar avaliados...!

Afinal... afinal...!


Imaginem-se depois de dar uma aula, na aula seguinte enfrentar uma turma para lhes dizer que...

Afinal... o princípio teórico exposto antes estava errado...!

Afinal... a solução prática ensinada não podia ser aquela...!

Afinal... aquele conteúdo não era para aquela turma...!

Afinal... aquele manual não era o adequado...!

Afinal... aquela ficha de trabalho não era para aqueles conteúdos...!

Afinal... aquela ficha de avaliação não era para aquele momento...!

Afinal... o que andam os professores a gritar na rua desde antes de 8 de Março?

Afinal... a sra. Ministra conhece ou não conhece os decretos que assina?

Afinal... a sra. Ministra lê ou não lê para além das evidências ?

Afinal... a sra. Ministra escuta ou não escuta os seus interlocutores?

Afinal... a sra. Ministra não disse o que disse?

Afinal... a sra. Ministra fez ou não fez declarações na comunicação social na tarde de 8 de Novembro?

Afinal... afinal... afinal...?

Afinal... a solução para os problemas existe!

Afinal... os ministros todos juntos encontraram a solução!

Afinal... a montanha pariu um rato!

Afinal... já todos conhecíamos a solução - SIMPLEX!

Afinal... nada de novo!

Afinal... faça-se o mesmo que se fez aos professores contratados no ano passado!

Afinal... vai ser melhor que o ano passado: vão ser avaliados todos os que quiserem ser, com direito a Excelente, Muito Bom... e tudo!

Sra. Ministra,
Amélia Rei Colaço celebrizou a frase "As árvores morrem de pé!"

A diferença, afinal... é que as árvores têm pé!

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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

BIG MAMMA IS WATCHING YOU!!! And the little brothers too... II


Exmo(a) Sr(a) Professor(a)


Nos últimos dias vieram a público algumas informações incorrectas relativamente à aplicação de gestão do processo de avaliação de desempenho, que importa esclarecer:

1. Nesta fase do processo de avaliação de desempenho esta aplicação garante que todos os docentes possam fazer chegar de forma mais ágil e individualizada as suas propostas de objectivos ao respectivo avaliador, como, aliás, foi solicitado quer por escolas quer por professores.

2. O acesso às diferentes áreas da aplicação está limitado aos respectivos intervenientes nas diferentes fases do processo, em cada escola.

3. O avaliador apenas acede aos seus dados e aos objectivos dos seus avaliados.

4. Os avaliados apenas acedem aos seus dados individuais.


Por fim, face a boatos que circulam sobre um eventual bloqueio da aplicação, informa-se que a inserção sucessiva de palavras-chave incorrectas não tem qualquer impacto na aplicação.


Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação.

e esta, hein?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

BASTA!

A Manifestação que faltava!

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

As vozes da razão



A arrogância que ela tinha

Tão mansinha que ela está,
Mudou da noite para o dia
Que já nem parece má.

A força que a mudou

Não tem balas nem canhões,
É a força da união
Própria das multidões.

Cada vez mais é preciso

Manter a nossa união
Pois o poder que temos
É o poder da razão!



poema enviado por António Nunes
Professor de alma e coração

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Avaliação da Ministra


Avaliação da Ministra: Orgulhosamente Só

Senhora Ministra, sou um defensor de que todas as profissões e cargos devem ser avaliados. Quem acabou com a avaliação dos professores foi o seu governo, quando eliminou cerca de dois anos de tempo de serviço a todos os professores e deixou de exigir relatórios críticos de actividade, que deveriam incluir os seguintes itens:

1- Índice

2- Identificação do Docente

3- Introdução

4- Actividades Desenvolvidas

4.1- Serviço Distribuído

4.2- Desempenho e Cargos Directivos e Pedagógicos

4.3- Relação Pedagógica com os Alunos

4.4- Manuais Escolares e Obras de Leitura Integral

4.5- Participação em Projectos e Actividades Desenvolvidas no Âmbito da Comunidade Educativa

4.6- Cumprimento de Programas Curriculares

4.7- Acções de Formação Frequentadas

4.8- Cooperação com os Professores das Turmas e do Grupo Disciplinar

4.9- Assiduidade

5- Conclusão

Esses relatórios eram avaliados por uma comissão de avaliação e tinham de ser entregues até dois meses antes na mudança de escalão.

Dizer que nos últimos trinta anos não tinha havido avaliação é uma mentira grave que a devia envergonhar. Podia dizer que não concordava com esse modelo, estaria no seu direito, como eu tenho direito de não concordar com o*seu* modelo. Não tem o direito é de mentir descaradamente aos portugueses.

Desde já defendo um modelo simplificado de avaliação dos professores semelhante ao que foi imposto no ano anterior aos contratados, resultante do memorando de entendimento. Se todos já perceberam que é o que acontecerá no futuro, por que motivo não chega a acordo rapidamente e termina com a guerrilha que se instalou nas escolas, tentando impor um modelo que todos reconhecem injusto, burocrático, asfixiante e alicerçado em compadrios? A teimosia não leva a lado nenhum.

A vergonha não está em dialogar, mas numa ministra da educação não conseguir entrar em nenhuma escola pública e achar que tem condições para continuar.

Agora sugiro que a senhora ministra reflicta e faça uma auto-avaliação com base nos critérios impostos por si aos professores:

a)Relação com a comunidade educativa:

*Critérios de insucesso: *

1º 120 000 professores a protestar;

2º Os alunos não permitem que entre numa escola pública e fecham escolas;

3º O Auxiliares da Acção Educativa fazem greves;

4º Os representantes dos Encarregados de Educação nos Conselhos Pedagógicos e Gerais votam favoravelmente moções que apelam à suspensão ou à simplificação do processo de avaliação;

Classificação da Senhora Ministra : Insuficiente

b) Redução do Abandono Escolar: Critérios de insucesso:

1º Centenas de professores estão a pedir a reforma antecipada com grandes penalizações;

2º Todos os dias há alunos a emigrar com os pais para outros países, porque não conseguem sobreviver em Portugal.

*Classificação:* Insuficiente

c)Melhoria dos resultados dos alunos;

*Critério de insucesso: *

1º Se aplicar exames com o mesmo grau de dificuldade que os de há cinco anos atrás, verificará que os resultados serão muito piores, porque cada vez os alunos sabem menos, uma vez que não têm tempo para fazerem os trabalhos de casa com a excessiva carga horária de 14 disciplinas (no 7º ano).

2º Experimentei dar os mesmos testes que dava há 10 anos atrás e tive mais de 80% de insucesso, quando nessa altura tinha cerca de 10%.

*Classificação*: Insuficiente.

d) Formação Contínua:

Não se conhece nenhuma formação que tenha feito no último ano, por isso é insuficiente. Como se apercebeu, a sua avaliação é insuficiente, mas como se mostra cega e surda aos sinais que a rodeiam, foi-lhe aplicado um Plano Educativo Individual e continua no cargo a prejudicar a escola pública. Outra mentira que tem tentado passar é a de que os alunos não têm motivos para protestar, porque, segundo a senhora ministra e os secretários de estado, de acordo com o novo Estatuto do Aluno, os alunos que faltam justificadamente por doença não têm medidas correctivas ou Prova de Recuperação. A única forma de não estar a mentir é não ter lido o artigo 22.º que passo a citar para que não volte a mentir:

*Efeitos das faltas*

1 - Verificada a existência de faltas dos alunos, a escola pode promover a aplicação da medida ou medidas correctivas previstas no artigo 26.º que se mostrem adequadas, considerando igualmente o que estiver contemplado no regulamento interno.

2 - Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino secundário e no ensino recorrente, ou, tratando-se, exclusivamente, de faltas injustificadas, duas semanas no 1.º ciclo do ensino básico ou o dobro de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos e níveis de ensino, deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas referidas no número anterior, uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite, competindo ao conselho pedagógico fixar os termos dessa realização.

Eu destaquei as partes que a senhora Ministra ainda não tinha entendido para lhe facilitar a compreensão. Mas se ainda não está convencida. Experimente chegar ao Conselho de Ministros e dizer:

- "Meus amigos, a partir de agora somos nós que nos vamos avaliar a nós próprios. Os ministros que nasceram antes de 1948 avaliam os restantes. Não importa se sabem mais ou menos. Vão avaliar o nosso trabalho, não só no conselho de ministros, mas também na comunicação social. Se trabalharmos muito e dermos nas vistas podemos ser classificados de "Muito Bom" ou de "Excelente".
No entanto, se houver mais do que um Excelente ou dois Muito Bons, essas classificações não poderão ser atribuídas, porque só poderia haver um Excelente e dois Muito Bons.
Para finalizar tenho a dizer-vos que temos de aceitar tudo o que digo e não aceito qualquer tipo de reclamações".

Depois ouça o que eles têm para dizer. Espero ansiosamente que a Escola volte à normalidade, pois esta situação é insustentável!

Avaliação simplificada já!


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ATENÇÃO! NÃO REGISTE OS SEUS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS NA INTERNET


Caro/a Colega,

Tal como se esperava, o Ministério da Educação desenvolveu um aplicativo informático para que, online, cada professor preencha um formulário com a indicação dos seus objectivos individuais.
Ora, em lugar nenhum o ME declara que é obrigatório este preenchimento, nem determina qualquer prazo. Não o poderia fazer porque é ilegal – basta ler o ECD e o Decreto Regulamentar 2/2008 para constatar essa ilegalidade. Ou seja, o ME (como não podia deixar de ser) deixa ao livre critério de cada um a decisão de colocar os seus objectivos individuais na aplicação do DGRHE. O ME sabe que não pode obrigar o preenchimento dos objectivos no formulário na internet.


E porque é que o ME não o faz? Porque poderia incorrer em grave ilícito.

1.º - Nenhum professor ou educador é obrigado a registar, por este processo, os seus objectivos individuais. Tal, a fazer-se, só deve acontecer, nos termos da legislação em vigor, em entrevista com o seu avaliador, devendo ficar arquivado na escola, no processo respectivo;

2.º - Não pode ser imposto qualquer prazo, pois não há qualquer prazo para que os objectivos individuais sejam entregues. Nos termos da lei, apenas o processo de autoavaliação constitui obrigação do professor e isso nunca ocorreria neste momento.

Para além disso, nós, PROFESSORES, estamos em luta contra este modelo e, por isso, recusamo-nos a prosseguir com qualquer procedimento relacionado com a avaliação do desempenho. E isto é que é verdadeiramente importante!

Foi isso que dissemos em 8 de Novembro - 120.000 na rua. É isso que afirmamos em cada reunião do Pedagógico, de Departamento Curricular/Conselho de Docentes ou Geral de Escola, quando nos comprometemos a não o fazer. Foi isso que o Conselho das Escolas (órgão criado por Lurdes Rodrigues para fazer côro com ela) votou. É isso que, por todo o país, os conselhos executivos, nas reuniões em reuniões próprias ou promovidas pelo ME, estão a declarar.

Colega, não preencha esse formulário na internet – não é obrigatório e é ilegal. Trata-se de um punhal apontado ao coração da luta, traiçoeiro e desonesto. Trata-se de uma chantagem emocional à qual temos de resistir.


A nossa agenda, agora, é preparar as acções que estão anunciadas:

25 a 28 de Novembro – MANIFESTAÇÕES DISTRITAIS (26 É NA REGIÃO CENTRO)


3 de Dezembro – GREVE GERAL NACIONAL DOS PROFESSORES E EDUCADORES


4 e 5 de Dezembro – VIGÍLIA DE 48 HORAS JUNTO AO ME


9 a 12 de Dezembro – GREVES REGIONAIS (NA ÁREA DA DREC É A 10 DE DEZEMBRO)


GREVE ÀS AULAS ASSISTIDAS (onde estão a ocorrer) - será entregue pré-aviso no final da semana, para que produza efeitos a partir da última semana de Novembro, início de Dezembro.


19 de Janeiro – GREVE GERAL NACIONAL DOS PROFESSORES E EDUCADORES (ASSINALANDO DOIS ANOS DE VIGÊNCIA DO ACTUAL ECD)

Os Sindicatos vão, ainda, interpôr PROVIDÊNCIAS CAUTELARES em todas as situações ilegais que decorram da imposição de qualquer simplificação do modelo, de incompatibilidades entre avaliador e avaliado, etc.

Tendo em conta a gravidade da situação, não é posto fora de hipótese a realização de OUTROS PERÍODOS DE GREVE que poderão ocorrer em períodos coincidentes com avaliações, no final do 1.º período.

Os professores não vão desarmar!


Agora, mais unidos do que nunca, temos condições para provar a razão a quem nunca quis admitir que a tinha perdido, há muito tempo!


Ov(o)ação




terça-feira, 18 de novembro de 2008

BIG MAMMA IS WATCHING YOU!!! And the little brothers too...



"Exmo(a) Sr(a). Professor.


Com o objectivo de apoiar as escolas na implementação do processo de Avaliação do Desempenho dos docentes, a Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação disponibiliza a presente aplicação informática a qual irá sendo preenchida à medida que os agrupamentos e escolas não agrupadas vão estruturando o processo.


Nesta fase está já disponível a possibilidade de cada docente apresentar os seus objectivos. Uma vez submetidos e tendo em conta o calendário definido em cada Agrupamento/escola, o avaliador do órgão de administração e gestão acede aos mesmos para efeito de validação.
A aplicação está disponível no seguinte endereço:

https://concurso.dgrhe.min.edu.pt/DefinicaoObjectivos2008.


Qualquer dúvida de funcionamento deverá ser colocada ao órgão de gestão, o qual terá apoio através do seguinte endereço:


https://concurso.dgrhe.min-edu.pt/PerguntaResposta2



DGRHE"



Lembram-se de George Orwell?

"OS ALUNOS SÃO O CENTRO DA ESCOLA"




Este devia receber um prémio...

Plataforma Sindical anuncia intenso e mobilizador plano de acção e lutas até Janeiro de 2009


Na sequência da reunião realizada nesta segunda-feira, dia 17, em Lisboa, em que analisou pormenorizadamente a actual situação no Ensino, "marcada pela extraordinária Manifestação de 8 de Novembro e pelo processo de suspensão da avaliação que está em curso nas escolas portuguesas" e também pela necessidade de continuar a luta, a Plataforma Sindical dos Professores anunciou para o próximo mês de Dezembro uma Greve Nacional dos Educadores e Professores no dia 3; uma Vigília com permanência 24 sobre 24 horas à porta do ME nos dias 4 e 5; greves regionais de 9 a 12. Na semana que começa a 15 de Dezembro, se não houver resposta favorável do ME quanto à suspensão da avaliação, serão accionados novos pré-avisos de greve, coincidindo com as avaliações dos alunos.

No dia 19 de Janeiro de 2009, por ocasião dos dois anos de publicação do "ECD do ME", haverá nova Greve Nacional para encerrar todas as escolas do País nesse dia.


A realização de uma reunião com a Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, nesta terça-feira, 18 de Novembro, às 11h00, é a primeira de um vasto e diversificado conjunto de acções que a Plataforma Sindical dos Professores vai desenvolver nas próximas semanas, cumprindo e dinamizando a Resolução aprovada no Marquês de Pombal, no passado dia 8 de Novembro, pelos 120 000 educadores e professores que deram vida a essa histórica jornada. Além de pedir audiências às direcções dos partidos políticos com assento parlamentar, ao Presidente da República, ao Provedor de Justiça e à Conferência Episcopal, a Plataforma vai divulgar em breve uma Carta Aberta, dirigida não só aos docentes como a todos os outros cidadãos portugueses, como revelou Mário Nogueira na conferência de imprensa realizada ao fim da tarde desta segunda-feira, 17 de Novembro, em Lisboa, estando presentes na Mesa representantes de todas as organizações que integram a Plataforma.


Outras decisões tomadas: será divulgado, em tempo oportuno, um pré-aviso de greve a todas as aulas assistidas no âmbito da avaliação do desempenho que o ME quer impor.


"Ao primeiro acto de avaliação praticado por avaliador sem delegação de competências publicada em Diário da República, será de imediato interposta providência cautelar, para impedir esses actos ilegais".

De igual modo, acrescentou, as organizações sindicais avançarão com pedido de nova providência cautelar perante situações de intervenção de avaliadores, com delegação de competências publicada no jornal oficial, "mas que concorram para a mesma quota, o que é incompatível".


Qualquer simplificação do modelo do ME que não passe por um quadro legal, despoletará a solicitação de providência cautelar, como garantiu o porta-voz da Plataforma Sindical, que anunciou ainda uma rápida recolha (num período de mais ou menos duas semanas) de assinaturas contra as propostas do ME no âmbito do regime de concursos. "Este abaixo-assinado será um ponto alto nesta frente de batalha", observou o dirigente sindical.

Vai ser entregue no dia 19 de Janeiro de 2009 (dia de Greve) um outro Abaixo-Assinado, subscrito por milhares de docentes, que exigem "a revisão do ECD com objectivos bem definidos", nomeadamente o fim da fractura da carreira e a rejeição da prova de ingresso.


A suspensão da avaliação é a prioridade da luta ao longo desta semana, deixando um forte apelo para o reforço das tomadas de posição, "escola a escola".

Manifestações em todas as 18 capitais de distrito
De 25 a 28 de Novembro decorrerão concentrações e manifestações deeducadores e professores em todas as capitais de distrito e noutras cidades do país, de acordo com o seguinte calendário: 25 - Norte; 26 - Centro; 27 – Lisboa e Vale do Tejo; 28 - Sul (Alentejo e Algarve). Os locais e horários destas acções, que evidenciarão "uma grande afirmação dos professores nas ruas", serão oportunamente divulgados.

Depois do feriado do 1 de Dezembro e da preparação da luta no dia 2, haverá Greve Nacional dos Educadores e Professores Portugueses no dia 3, seguida de vigília em permanência (24 sobre 24 horas) à porta do Ministério da Educação na Av. 5 de Outubro, nos dois dias seguintes (4 e 5 de Dezembro). As faltas dos professores que participem nesta acção serão justificadas ao abrigo da lei sindical.


Greves regionais
Dia 9 de Dezembro marcará o regresso às greves diárias, de âmbito regional.
Assim, no dia 9 paralisam os educadores e professores do Norte, no dia 10 será a vez do Centro, depois a 11 param os docentes da área da Grande Lisboa e no dia 12 os do Alentejo e Algarve.

Na semana que começa a 15 de Dezembro, se não houver resposta favorável do ME quanto à suspensão da avaliação, serão accionados novos pré-avisos de greve, coincidindo com as avaliações dos alunos. "A luta é um meio não é um fim. Para nós, organizações sindicais, o fundamental não é fazer a luta pela luta. Mas que fique claro: não hesitaremos um minuto se o ME não declarar a suspensão deste burocrático modelo de avaliação. Está tudo nas mãos do ME". "São urgentes mudanças políticas na Educação, num cenário que continua a ser marcado pela insensibilidade e teimosia da Ministra. Existe hoje um problema gravíssimo na Educação e a Ministra faz parte desse problema. Se não tem coragem para o resolver, dê lugar a quem a tenha…

Apelamos à participação em massa de todos vós… A união faz a força!!!
Colegas, todos juntos vamos conseguir!!!


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O QUE É PRECISO PARA AVALIAR?


Difícil de gerir, difícil de mudar, o sector da Educação tem constituído nas últimas décadas um campo de ensaio de um experimentalismo infeliz. Como de nove em nove anos hipotecamos uma geração, a transformação deste espaço em permanente campo de batalha, num processo de desrazões, constitui hoje a mais cara factura que o país terá de pagar ao seu próprio futuro. O processo educativo devia ser uma área de tréguas e consensos, poupada à demagogia e ao aproveitamento político-partidário e protegida de visões sectoriais, seja a do ministério ou a da máquina, seja a das corporações ou a dos sindicatos, seja a dos pais ou a dos alunos.

A avaliação dos professores só faz sentido num sistema que seja capaz de se avaliar a si próprio. Quanto vale um bom professor num mau sistema? Que causas estão na origem do insucesso escolar ou do abandono precoce da escola que possam caber, exclusivamente, numa grelha de avaliação do desempenho do professor? E que factores se mantêm constantes, independentemente da envolvente da escola ou da caracterização social da sua população?

Também não vale a pena querer, no ponto em que nos encontramos, dividir simplisticamente a questão entre aqueles que querem avaliar e aqueles que não querem ser avaliados. Num país onde quase nada é avaliado, onde quase ninguém sofre as consequências dos seus actos (excepto os pobres diabos...), onde se pode deixar, impunemente, falir bancos cuja nacionalização parece um branqueamento, onde a má gestão pública e a incompetência dos decisores políticos não é sequer quantificada economicamente, onde os prémios e outros "estímulos" são assumidos como complementos salariais e as despesas de representação servem para pagar hábitos caros, parece aconselhável falar de avaliação com menos retórica e mais bom senso.

Aceite o salutar princípio da avaliação convenhamos que não é de somenos o modelo adoptado. E aqui, interrogo-me como se avaliam os professores em Inglaterra ou em Espanha (para referir um país latino)? Será que temos que inventar um sistema de avaliação rigorosamente português, inequivocamente original e nosso?

É que connosco tudo começa com um aumento da carga burocrática que só serve para desviar os profissionais daquilo que é o seu verdadeiro conteúdo funcional: é assim com os profissionais de saúde imersos em papelada, ou com os agentes de segurança, amarrados, na melhor das hipóteses, a um teclado de computador e é, também, já assim com os professores. E a experiência ensina-nos que a burocratização da habitualidade e do quotidiano tem em si o germen do fracasso. E quem são os avaliadores? Que perfil devem ter e que capacitação? E quem avalia os avaliadores? E os critérios serão os melhores, e objectivos, como se impõe?

Para tudo isto deve haver uma resposta, imagino eu, mas ou não foi dada ou não está a ser ouvida. Em qualquer dos casos a situação deteriora-se com a opção da rua como o fórum próprio, a tentativa do Governo em transformar este protesto numa fuga à avaliação por parte dos docentes e, o que me parece mais grave, o permanente desviar das atenções, energias e recursos da função principal que é a de educar. E essa é que é a questão. Na batalha campal da avaliação vai-se perdendo tempo, razões e a própria perspectiva do que realmente está em causa e que vai muito para além do que se vê: quem não se lembra de como os sucessivos governos caíram na tentação de tapar as deficiências do sistema educativo com o artifício das estatísticas? E do extraordinário estatuto disciplinar do aluno, aprovado no primeiro Governo de Guterres, que consagrava um aluno visto como um pequeno animal doméstico mal ensinado e retirava aos professores toda a autoridade, componente essencial da dignidade e eficácia do seu magistério? E as medidas facilitistas que foram eliminando provas, esforços e méritos? Fraquezas, tentações e erros que estão, agora, a pagamento.

Maria José Nogueira Pinto in [DN]

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

JS acusa sindicatos de instrumentalizar professores

A Juventude Socialista acusou os sindicatos de instrumentalizar os professores, considerando incompreensível que alguns socialistas se deixem "capturar" pelo seu discurso.


"Não compreendemos que alguns socialistas se deixem capturar por este discurso. Não percebemos a sua radicalização e a sua incapacidade de ver algo de positivo nas políticas implementadas. Não nos parece democrático, nem tão pouco socialista", refere o secretariado nacional da JS em comunicado.


Recusando participar ou contribuir para a "campanha de descrédito" em relação às políticas de Educação do Governo que está a ser "montada" por alguns partidos e sindicatos, a JS admite, contudo, compreender alguns dos motivos que levaram os professores a manifestarem-se, como a avaliação e o Estatuto da Carreira Docente, "especialmente porque afectam a vida das pessoas".


Porém, acrescenta a JS, "é fundamental e absolutamente necessária a avaliação dos professores, como acontece com qualquer profissão".


Por isso, continuam os jovens socialistas, as mudanças deverão ser graduais, dando tempo de adaptação aos professores.


"Encaramos, por isso, como um sinal positivo o facto da avaliação não contar para a progressão nos próximos anos. Percebemos a vontade do Ministério da Educação de dar tempo para se poder testar este modelo de avaliação e melhorá-lo antes de começar a contar para a progressão. Não percebemos a reacção dos sindicatos de ignorar este gesto", salienta a JS.


Os jovens socialistas sublinham, a este propósito, que a existir diálogo, os sindicatos também têm de mostrar disponibilidade e "acabar com a actual posição irredutível, que confirma as suspeitas de quem acha que estes têm uma agenda que vai contra os reais interesses dos professores".


No comunicado, a JS assinala ainda a atitude do Governo ao longo deste processo, considerando que o executivo de José Sócrates "sempre esteve disponível para ouvir os professores e questionar as suas políticas".


Prova disso, argumentam, foi o acordo obtido, tendo sido os sindicatos a quebrar com o que foi assinado.


"Para a JS é inadmissível que se assuma a posição de procurar desacreditar todo o trabalho e as importantes reformas que têm sido implementadas pelo Ministério da Educação e pelo Ministério do Ensino Superior", sublinham ainda os jovens socialistas.


Na nota enviada à comunicação social, a JS pergunta ainda como é possível "ignorar" alguns resultados alcançados nos últimos anos, nomeadamente o "aumento histórico" do número de alunos no ensino secundário e no ensino superior, o facto de todos os estudantes do ensino básico terem agora acesso ao inglês, o reforço do apoio no abono de famílias ou a disponibilização de computadores a baixo preço para todos os alunos.


"Como se pode, sabendo destes dados, afirmar que não foi valorizada a escola pública ou que não se está a procurar esbater desigualdades? Como se pode reduzir todo este trabalho a manipulação estatística? Como é possível ignorar os efeitos positivos na vida futura dos alunos e das suas famílias", questiona ainda a JS.



VAM. in [JN]


Pois são 120.000 tolinhos que se deixam manipular... Venham outros professores. Estes, decididamente, não prestam! Não votarão PS...

SUBSÍDIO DE ALIMENTAÇÃO - Ministro dá 4 cêntimos!!!



Teixeira dos Santos mantém inalterada a proposta de aumento salarial de 2,9%, mas vai propor uma subida de quatro cêntimos no subsídio de alimentação.


in [CM]


Venha o Beluga Iraniano "Almas", as trufas-brancas de Alba e o Don Perignon 1999 para celebrar!

O processo de avaliação docente avança como um tanque iraquiano

«O processo de avaliação docente está a avançar em todas as escolas», declarou ontem Mohammed Saeed al­‑Sahaf, assessor de imprensa do Ministério da Educação.

«Quero desmentir aqui claramente as alusões, aliás contraditórias entre si, feitas em jornais diários, referindo um suposto adiamento, atraso ou mesmo uma suspensão do processo de avaliação.

Esses jornais apenas reproduziram os argumentos de uma estrutura sindical, com inúmeras discrepâncias entre os títulos e os conteúdos das notícias, o que mostra bem como são tudo mentiras e manipulações.

Não acreditem nessas mentiras. Nós, no ministério, temos o controlo total da situação, e asseguro­‑vos que o processo de avaliação está a avançar com grande velocidade. Qualquer outra visão só pode derivar da vontade de criar ruído e perturbar o direito dos docentes a serem avaliados».

Confrontado com a perspectiva de uma manifestação de professores na capital, Saeed al­‑Sahaf assegurou que o ministério não está preocupado com essa possibilidade, nem acredita que ela possa ocorrer.

«A nossa capital», afirmou o assessor de imprensa do ministério da Educação, «tem sempre muitas pessoas, e é natural que algumas circulem na Baixa, para fazerem compras, por exemplo, pois estamos quase achegar a uma época festiva. Daí a concluirmos que esses cidadãos são professores parece­‑nos abusivo. As nossas informações vão antes no sentido de considerar que os poucos que se manifestarem serão sindicalistas desesperados.

Quanto aos professores, eles estarão, com toda a certeza, a trabalhar, muito entusiasmados, no processo de avaliação, que – posso assegurar­‑vos sem qualquer margem para dúvida – avança com tanta eficácia como um tanque iraquiano contra os infiéis americanos», concluiu, visivelmente satisfeito, o representante do Ministério da Educação.


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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

BORLAS???




Queriam!!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

NEM OUTRA COISA SE ESPERAVA NO PAÍS DOS TUGAS!!! III

A CRISE NO SEU AUGE!

Red Nose Day!


A Avaliação de Professores


O POEMA DA "MENTE"



Há um primeiro-ministro que mente,

Mente de corpo e alma, completa/mente.

E mente de maneira tão pungente

Que a gente acha que ele, mente sincera/mente,

Mas que mente, sobretudo, impune/mente...

Indecente/mente.

E mente tão nacional/mente,

Que acha que mentindo história afora,

Nos vai enganar eterna/mente.

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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Privados vão gerir edifícios históricos abandonados


Concessão. Estado tem 4400 imóveis ao serviço

Imóveis em abandono podem ser usados para cafés ou discotecas

Os edifícios históricos, culturais ou religiosos, como igrejas, castelos ou fortalezas, em estado de abandono ou semiabandono e até agora no domínio público, podem ser concessionados aos privados, de acordo com proposta de lei, desde ontem em discussão pública até ao final de Novembro. Os privados podem também pedir a "desafectação do domínio público" de instalações do Estado, como quartéis ou armazéns.

A proposta, ontem apresentada por Carlos Costa Pina, secretário de Estado das Finanças, prevê que as autarquias possam também concessionar aos privados infra-estruturas rodoviárias, como estradas ou mesmo pontes, fornecendo "legislação chapéu" para regular as concessões. Os imóveis classificados, do Estado, podem ser concessionados "a quem tem recursos e capacidades", afirmou Carlos Costa Pina. Poderão ser entregues aos privados, "com regras", respeitando a identidade cultural ou histórica do imóvel. Mas , isto não impede, de acordo com especialistas, que os imóveis possam ter "uma exploração comercial", como "restaurantes, cafés, pontos de venda, ou mesmo discotecas".

A legislação, que desde ontem está em discussão pública, permite mesmo a constituição de garantias reais sobre os imóveis para financiar obras de conservação, podendo as hipotecas bancárias recair sobre o "direito de concessão".


Carlos Costa Pina, secretário de Estado das Finanças, admite a constituição de fundos com imóveis do Estado, em 2009, "com vista a rentabilizar o património". Ontem, as Finanças, em cerimónia de apresentação da proposta de lei sobre bens do domínio público, divulgaram que os administração pública ocupa cerca de 4400 imóveis, com área bruta global da ordem dos 7,9 milhões de metros quadrados. Destes, cerca de 2680 são imóveis estatais, sendo os restantes arrendados a privados.


O recenseamento dos imóveis do Estado, documento ontem parcialmente divulgado pelas Finanças, conclui pela "maior eficiência na ocupação de imóveis arrendados" - o Estado está a pagar, em média, 11 euros por metro quadrado - e por um "potencial significativo de libertação de espaço excedentário" face à área útil média de 50 metros quadrados por colaborador".


Assim, até Março do próximo ano, os ministérios terão de relatar às Finanças os imóveis a libertar "tendo por referência o período de 2009 a 2012", o que deverá resultar em vendas de imóveis. Os ministros terão, também de elaborar planos de conservação e e reabilitação dos edifícios públicos.

RUDOLFO REBÊLO in [DN]
Pergunta: Será que posso transformar e gerir um certo imóvel? Não é que esteja ao abandono, mas...