Os bispos portugueses, reunidos em Fátima, pronunciaram-se sobre a educação escolar, um dos temas mais actuais na sociedade portuguesa. Aos alunos, os bispos sublinham "quão importante é o seu esforço e dedicação ao estudo, num tempo de profundas mutações e incertezas, que requer das novas gerações sólidos conhecimentos de base, busca do sentido da vida, ambiente de disciplina, espírito crítico e criativo e activa participação cívica".
Aos pais, manifestam "apreço pelo amor com que se dedicam à educação dos seus filhos, que hoje requer um acompanhamento mais próximo num contexto em que sobejam problemas e dilemas e faltam formação adequada e partilha de soluções". E aos professores, "desejam partilhar uma palavra de estímulo e de confiança, cientes do quanto já se faz bem feito e com bons resultados, tanto em escolas estatais como em escolas particulares".
A educação, dizem, "requer dos professores um empenho redobrado na vocação que são chamados a desempenhar com rigor e qualidade, vocação esta que deve ser reconhecida e incentivada por toda a sociedade. Só num clima de confiança e de exigência mútuas e de esperança é possível melhorar a educação".
Na reflexão sobre alguns caminhos pastorais mais urgentes, abordaram "o actual enquadramento social, cultural e eclesial, vivido pelas comunidades cristãs", que "requer a revisão dos percursos da iniciação cristã, bem como a renovação das estruturas de serviço pastoral, em ordem a maior comunhão e co-responsabilidade de todos os seus membros.
O modelo catecumenal, capaz de integrar as dimensões doutrinal, narrativa, vivencial e celebrativa, aparece como o mais adequado para uma transmissão da fé personalizada e marcada pelo sentido comunitário". A paróquia, afirmam, "continua a ser o lugar privilegiado das acções de formação".
Para preparar agentes e promover a co-responsabilidade consciente nos leigos, os bispos "dispõem-se a incentivar a sua formação".
Parece assim cada vez mais urgente uma aposta na catequese de adultos, já que é insuficiente quando centrada só nas crianças.
j. paulo coutinho in JN
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