A ministra da Educação reúne-se hoje com a Plataforma Nacional de Professores, no Conselho Nacional de Educação. Será a primeira vez que Maria de Lurdes Rodrigues responderá directamente aos sindicatos sobre o regime de avaliação. As organizações agendaram para dia 15 um "dia D" para decidirem novas acções de luta, como a possibilidade de greve às avaliações e aos exames.
Os sindicatos enviaram ao Governo o pedido de um encontro, com carácter de urgência, dia 1. Dois dias receberam a resposta do gabinete do primeiro-ministro "para aproveitarem a oportunidade de contacto com a ministra da Educação". "Não pode ser só para conversar, tem de haver consequências", insistiu o secretário-geral da Fenprof. Aliás, avisou, se a ministra repetir, hoje, argumentos e não manifestar abertura para negociar os professores podem dificultar o arranque do próximo ano lectivo.
Ontem, começou a ser enviado às escolas o "Guião Dia D". Além das segundas-feiras de protesto - 14 nas capitais de distrito do Norte, 21 no Centro, 28 Lisboa e 5 de Maio do Sul - no dia 15, os professores reúnem-se nas sedes dos agrupamentos para debaterem o "estado da escola pública". Num questionário de quatro páginas dirão as suas prioridades e escolherão novas forma de luta, desde o abaixo-assinado às greves por períodos limitados, às avaliações ou aos exames. Para 17 de Maio, estão agendadas Marchas Regionais da Indignação no Porto, Lisboa, Coimbra, Évora e Faro.
Para Mário Nogueira é inadmissível a coexistência de "duas realidades" - os governos regionais dos Açores e Madeira suspenderam o processo de avaliação até Setembro - e a "teimosia cega" do Governo. A primeira reunião do Conselho Científico para a Avaliação é dia 21, o que significa "que as recomendações não devem chegar às escolas antes do fim do mês", ficando com dois meses para concluir o processo.
Alexandra Inácio in JN
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